quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Motivos para agradecer e ser feliz - a lista de novembro

  •  Reta final do 1° ano de Psicologia! Muita alegria e gratidão. Só falta uma prova, o Podcast "Águas Profundas" foi apresentado hoje, as notas estão acima de 90 (AF, ainda fico competindo comigo mesma).
  • Abono de Permanência. Que venha a aposentadoria! Sempre uma luta a vencer...
  • Marina viajou de férias para a Argentina.
  • Daniel aportou 15 dias no Solar.
  • Copa do Mundo 2022 no Catar. 
  • Flores, flores, flores... Novembro também é primavera.
  • Poda da arvorezinha de murta, limpeza da erva de passarinho da Pata de Vaca e poda da hera no muro (conheci o Zica).
  • Janaina escolheu 2 cadeiras de demolição de Tiradentes para a sala de TV. Renovando...
  • A primeira parte da 2@ Ação entre Amigos foi  concluída hoje: 950 reais pagos à Yasmim. Estendi mais alguns números para ajudar ao Sandro com a Amora. Gratidão! "Granjeai amigos, sede amigos!"
  • Uma toalha de renda de bilro do brechó. Meu anjo, não desista de mim, por favor.
  • Aniversário dos sobrinhos queridos. Aquele almoço maravilhoso de sempre que minha irmã e sua família promove.
  • Exames da mamãe ok.
  • Muita leitura. Iniciamos a leitura de O Livro dos Médiuns durante o café da manhã. Isso para mim é motivo de muita alegria.
  • Daniel foi conosco no Paz e Harmonia assistir à palestra de Levindo Dias e depois fomos comer pizza no Wictor. Bom demais.








quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Insegurança e crise de autoestima, por Louise Madeira

 #03 Insegurança e crise se autoestima (17/08/2019)

Louise Madeira, Psicóloga, Podcast New Me.

Neste episódio ela relata que um psicólogo é um profissional conectado com o que as pessoas falam no cotidiano. E, nesse lugar, ela observa que nunca se falou tanto em autoestima como atualmente. São conceitos, por vezes, confusos, equivocados, sem base teórica, mas não dá para negar que a autoestima é uma pauta contemporânea. O objetivo de sua fala é trazer uma compreensão mais organizada do conceito de autoestima, imaginando que isso possa aumentar a sensação de segurança de quem a escuta.

No consultório uma das queixas mais recorrentes é a insegurança. Quando investiga sobre o que é ser uma pessoa mais segura, percebe que a sensação de segurança, de modo geral, está ligada a um aspecto: a fantasia da autossuficiência. "A nossa visão de nós mesmos fracassa porque não entendemos que insegurança é condição humana." Ser humano é ser inseguro. A novidade é que talvez seja possível sentir mais segurança na insegurança de ser gente. Ao contrário do que se pensa, ser uma pessoa segura tem muito mais a ver com a consciência dos próprios limites do que com a soberania de não entrar em contato com as nossas fragilidades. A condição humana se inscreve muito mais na falta do que em qualquer ideia contrária. Falta, vazio, incerteza, impotência, tudo isso nos define muito mais como gente do que qualquer outro conceito.

Ela esclarece que temos uma crença em relação à segurança. O nosso psiquismo nos confunde. No momento em que está construindo uma nova segurança, emite sinais que nós traduzimos como sinais de insegurança. E exemplifica contando sobre seu atropelamento. A partir desse fato ficou muito cautelosa com a ação de atravessar uma rua. Durante um bom tempo ficou mais apercebida daquele perigo. Antes de sofrer o atropelamento não tinha essa consciência. O aparelho psíquico fez uma composição entre o que era antes de ter uma experiência ruim e o que seria depois de processá-la. Durante esse tempo de processamento os sinais que chegavam pareciam de insegurança, mas eram sinais de construção, de estar (então) apercebida dos perigos. Não era sinal de insegurança. Era o contrário.

Segurança tem a ver em acreditar na própria intenção. É uma ação natural. Real. Tem que ser da alma, não pode ser produzida. 

Certa vez conversou com os filhos, quase adultos, sobre os erros cometidos no processo de educá-los (como tinha sido para eles lidar com seus erros). Ao que um deles respondeu: "Mãe, eu não sei se você errou, mas fez as coisas com tanta convicção que para mim parecia que era aquilo e pronto, não tinha como ser diferente". Segurança tem a ver com a gente acreditar na própria intenção.

Na terapia, um dos movimentos mais poéticos do terapeuta é a percepção do quanto uma pessoa cresce porque se torna alguém que sabe lidar com aquilo que lhe falta e se torna confiante de que seu jeito de ser faz sentido. Isso basta!

Destaca que ser seguro, portanto, não é se garantir, ser autoconfiante, dar conta do recado. Não! Ser seguro é suportar as implicações daquilo que nós não somos. Segurança é ter paz por não ser. Mas segurança tem a ver também com a capacidade de buscarmos aquilo que podemos ser. Gostar do que somos, mas gostar também do que seremos.  Saber o que nos limita, mas também trabalhar nos limites que podem ser ultrapassados. Tudo isso é possível sem o sofrimento da insatisfação constante, no movimento a um ponto que nos faça pessoas melhores. Fazer o que nos cabe. E isso é algo profundo. Fazer o que nos cabe na construção da nossa história. Aceitar o que somos sem ficar estagnados num ponto. Tomar um caminho, de uma forma tranquila, percebendo os movimentos.

Em sua atividade física da manhã, o personal trainer tentava mostrar a possibilidade de obter consciência dos movimentos do corpo no exercício para aumentar a força. "Que incrível!" Às vezes quando está tentando perceber os movimentos dos músculos no exercício, acha que não vai conseguir, que não tem esse registro neuronal. Mas, neste dia, pensou: "é difícil, mas eu quero porque faz sentido para mim." E a partir da dificuldade, sentiu-se mais segura e conseguiu entrar no caminho de tentar. Foi legal perceber o caminho. 

Quando gravou o primeiro projeto para o canal New Me, o filho (que é um profissional muito bom) fez uma análise incrível do que ela poderia fazer para melhorar a qualidade da construção do segundo áudio. Tudo o que ele disse fez enorme sentido. "Putz, filho, é difícil!" "Mãe, você não vai conseguir no início. Só de caminhar numa certa direção você já faz o caminho".

A grande questão da autoestima e da segurança talvez seja trilhar um caminho que se não sabe, em direção a um ponto, e sentir paz nas duas condições: a de se ver como quem não sabe e a de se perceber buscando na própria história o projeto de alcançar.

Ela reforça a ideia que acolher a nossa história é a grande sacada. Só nós sabemos da nossa história. Só nós sabemos todo o movimento que fizemos em busca do que conseguimos até agora e cita Djavan com a música Esquinas... "Só eu sei as esquinas porque passei... Só eu sei..."

A compreensão das esquinas podem levar a uma sensação de segurança. A percepção das fragilidades, das fraquezas, uma certa paz de não ser, não poder e não ter... E percebendo que não é, não pode ou não tem, talvez consiga trilhar o caminho em direção de fazer o melhor que se pode. Nem melhor e nem pior que os outros. É sobre si mesmo.

Então ela finaliza: "é sobre nós mesmos. Conseguir o melhor de nós nas esquinas da vida".

domingo, 6 de novembro de 2022