![]() |
| João Nunes Maia (à esquerda) e Chico Xavier |
Uma síntese, em forma de mensagens, dos
encontros de Jesus com os discípulos, na famosa aldeia de Betsaida.
O autor espiritual: Shaolin (conheceu Jesus,
foi chamado…)
“Eu os conheci pessoalmente e conversei com
todos eles.”
Filipe
Era muito cauteloso, nunca
aceitava ideias sem que, primeiro, examinasse suas propriedades.
Tinha verdadeira vigilância
contra a influência dos outros sobre si.
Quando encontrava uma filosofia,
ou mesmo conceitos que o fascinassem, submetia-os à apreciação de outros de sua
inteira confiança.
Será que a mente, principalmente
a minha, pode se comparar ao estômago cheio, que depois de certas horas, volta
a pedir comida?
Quando saio do repasto divino do
espírito, nos encontros com Jesus, tenho a segura impressão de que nunca mais
terei fome de entendimento.
Depois, com certos
acontecimentos, volto quase ao mesmo estado de alma faminta da compreensão dos
fatos ocorridos.
Uma ovelha passa tão rente que
teve o ímpeto infantil de agarrá-la. O animal, sentindo o afeto do apóstolo,
corresponde, alisando as pernas de Filipe com a cabeça.
Filipe senta-se em uma pedra e
redobra o carinho, entendendo ali, no palco da natureza, que a compreensão
pode ser também função de ideias idênticas, pois o animal estava
compreendendo a doação de carinho e retribuindo com o que podia dar, no gesto
instintivo, a graça de Deus.
(Pergunta) - Mestre, pode nos
explicar a todos, e principalmente a mim, a instabilidade da compreensão?
A segurança que esperava e
espero, nesta arte de viver com os outros, toma sentidos variados e, se não
tomo providências quanto às minhas primeiras atitudes, passo a agredir as
pessoas, pelo simples fato de não compreenderem as coisas como eu as entendo!
Há momentos em que não sei o que
busco!
Luto com a dúvida. Quando estou
contigo torno-me um gigante, em quase todas as virtudes.
Espero a tua benevolência para
que eu possa entender a mim mesmo, quando falseio no entendimento dos outros.
Jesus
- Filipe!
Quando pretendes levantar uma casa, primeiro cavas as valas, para que acolham o
alicerce. Depois que este já está familiarizado com a argila, é que vêm as
paredes, pedindo base para suportar o seu peso.
- Logo,
vem o telhado, para, em seguida, entrarem os moradores, em segurança, na
moradia.
- O
ser humano precisa construir cada qual a sua própria casa no reino da mente.
No Mundo Maior – A.L./Capítulo
3: A casa mental
“No sistema nervoso, temos o cérebro
inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades
subconscientes; figuremo-lo como sendo o porão da individualidade, onde
arquivamos todas as experiências e registramos os menores fatos da vida. Na
região do córtex motor, zona intermediária entre os lobos frontais e os
nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias
motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações
imprescindíveis no atual momento evolutivo do nosso modo de ser. Nos
planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação
científica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que
conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando a parte
mais nobre de nosso organismo divino em evolução.”
“Não podemos dizer que possuímos
três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três
regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no
primeiro situamos a “residência de nossos impulsos automáticos”, simbolizando o
sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localizamos o “domicílio das
conquistas atuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que
estamos edificando; no terceiro, temos a “casa das noções superiores”,
indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o
automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o
ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuímos, deste modo, nos três
andares, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Como vemos,
possuímos, em nós mesmos, o passado, o presente e o futuro.”
Nos Domínios da Mediunidade –
A.L./Capítulo 20: Mediunidade e Oração.
O caso de Anésia
Áulus ajuntou: - Encontramos aqui precioso
ensinamento acerca da oração. Anésia, mobilizando-a, não conseguiu modificar os
fatos em si, mas logrou a modificar a si mesma. Jovino continua em perigo, a
casa prossegue ameaçada em seus alicerces morais, a velhinha doente aproxima-se
da morte; entretanto, nossa irmã recolheu expressivo coeficiente de energias
para aceitar as provações que lhe cabem, vencendo-as com paciência e valor. E
um espírito transformado, naturalmente, transforma as situações.
Jesus
- Em
primeiro plano, a limpeza das valas entulhadas de ideias imprestáveis.
- Em
seguida, os alicerces que os ideais superiores nos oferecem.
- Com
a liga da boa vontade, deveremos levantar as paredes, com cada tijolo
representando um conceito que as leis de Deus interligam.
- Finalmente,
a vivência e o tempo chancelando a segurança daquilo que aprendemos (“nosso
telhado”).
- Se não fossem os contrastes, Filipe, que encontramos dia a dia, como
provar a nós mesmos se aprendemos as lições da vida?
- Para nos tornarmos cooperadores de Deus, o
laboratório do mundo nos testa permanentemente, até chegarmos à condição de
sermos servos fiéis do Senhor, respondendo a todos os ataques com a própria
vida imperturbável no serviço de caridade e de amor dentro e fora de nós.
- Onde a Compreensão é mais difícil é diante da
maledicência, quando somos ofendidos e caluniados e, sem revolta, o coração nos
obriga a transformar nossos sentimentos em perdão; um perdão que não exige
condições.
- Filipe, ocupa mais a tua mente com a Compreensão que deves ter com os outros, sem exigir o mesmo dos outros contigo, a não ser quando isso vem pelas linhas da espontaneidade.
- Se você passar a compreender a quem desconhece a lei do amor e da caridade, mesmo sem palavras, ele passa a te admirar e esse é o primeiro passo para o alcance da verdade.
Música
Dá-me Senhor!
Dá-me senhor a facilidade da
compreensão
A coragem do perdão, dá-me a
grandeza do amor
Dá-me senhor a suavidade da
tolerância
A ternura da bondade
Dá-me a redenção da dor
Dá-me o elo da fraternidade
O conforto da amizade
Do afeto, o calor
Dá-me a claridade dá-me a luz
Dá-me a aceitação do meu calvário
Dá-me forças pra levar a minha
cruz
Parecia que o Mestre lera em vários corações os fatos recentemente acontecidos. Filipe sai mastigando o naco de pão espiritual que Jesus lhe dera, concentrado em sorver toda a essência.



















































