domingo, 13 de abril de 2014

Quem ama, cuida.


Por que é tão difícil conciliar o saber com o sentir?
Sei que tudo está bem, mas não sinto. Fico ansiosa por coisas que gostaria fossem diferentes...
Tenho em mim, racionalmente, todas as respostas, mas a vida vive mudando as perguntas, não é?
Outro dia, enquanto dirigia, pensava no Daniel, longe de casa, tão novo ainda e enfrentando tantos desafios! Apenas 15 anos...
Pensei que fui eu, sua mãe, a responsável por ele estar lá. Por acreditar no seu potencial. 
Non multa, sed multum: não muitos, mas os melhores, eis o lema! Porque amo meu filho e quero que cresça e desenvolva seus talentos, sua inteligência, forje um caráter reto, desejei a melhor escola, a mais difícil, a mais conceituada...
Imediatamente aquela voz que me acompanha me fez reflexões interessantes:  Deus, nosso Pai, também assim age conosco. Porque nos ama e acredita em nosso potencial, coloca-nos em terrenos áridos, porque sabe que somos capazes de vencer os desafios.
Voltei a pensar no filho amado e nas "coisinhas miúdas" da rotina que sufocam, fazem chorar... É preciso dar o suporte, lembrar-se presente todos os dias. "Estou sempre aqui, conte comigo" é um bordão diário nas mensagens. E cuidar para que não sinta-se abandonado. Vez ou outra ir ao encontro, oferecer o abraço, o colo. 
E sendo imperfeitos, tendes esses sentimentos uns para com os outros, o que diria do amor do Pai? Em meio às dificuldades Ele proporciona a trégua. Mostra-Se presente na porta que se abre, na oportunidade que chega, na solução de um problema ou simplesmente na segurança do dia a dia.
Como mãe, posso entender o amor de Deus por nós! Meu amor é pequeno, limitado. Mas meu amor de mãe é infinito e por isso entra em sintonia com o amor do Pai. Neste ponto nos afinamos, vibramos na mesma faixa e nos compreendemos.
Basta silenciar a alma para ouvir as respostas dentro do coração. É ali que elas estão...
Quando você pára de discutir com a vida e, simplesmente, faz o que precisa ser feito, tudo flui...
Não há o que argumentar.

Um comentário:

  1. Otimo texto Alessandra, valeu a reflexao... nem sempre o saber acompanha o sentir ! :)

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