domingo, 31 de agosto de 2014

Motivos para agradecer e ser feliz - a lista de agosto

  • Dormir de bruços.
  • Leitura; releitura; livros novos.
  • 16 anos do Daniel! Vídeo com a linha do tempo dos aniversários.
  • A Mel veio até o prédio "me visitar". Depois reencontrou a antiga família do restaurante e foi morar com eles.
  • Gesto atencioso do Dr. Paulo em relação à pomada de cicatrização: telefonou para sugerir uma 2ª opção, mais em conta e tão eficaz quanto a primeira.
  • Perícia: até 05/09.
  • Dia dos pais com meu pai.
  • Cafeteira Tres - Caffitally para Janaina.
  • Cortei cabelo, fiz unha... depois de um período de repouso, é tudo de bom!
  • Daniel em casa de 13 a 17/08: alegria completa.
  • 24 anos no magistério público estadual: mais um triênio.
  • Bolo da D. Derly para comemorar o aniversário dos meninos.
  • Painel de madeira "As três árvores".
  • Comemoração do aniversário do Daniel no sítio, em família.
  • Planejamentos do PNAIC em dia.
  • Frango assado no fogão à lenha pela Sirley. Que delícia!
  • Mimos para Maria Ely e Luciane: gratidão ao apoio recebido na formação, durante a licença.
  • Viagem ao Rio: South American Copacabana.
  • Revisão do papai: exames ok! Agora, só em abril de 2015.
  • Formação do PACTO/PNAIC em Itaperuna.
  • Nova hóspede no Château 54: Billie Holiday, uma gatinha linda.
  • Mayara conseguiu levar o Secretário de Saúde ao Canil; algumas mudanças foram prometidas.
  • Marina participou do 2º Canta, Barão, interpretando "Meu erro", Paralamas do Sucesso.   
...Só alegrias! "Porque se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz."


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Château 54

Agora que voltei a ficar mais tranquila...




 salle de chanson




Um bom lugar
para ouvir vinis...







... ou Cd´s








Jogar papo fora







Ou não fazer nada,
apenas recarregar as baterias...

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Entre a reflexão e o deleite

De "A insustentável leveza do ser"
Milan Kundera

Sexta parte: A grande marcha

  • "Se, ainda recentemente a palavra "merda" era substituída nos livros por reticências, isso não se deve a razões morais. Afinal de contas, não se pode considerar que a merda seja imoral! A objeção à merda é de ordem metafísica. Defecar é dar uma prova cotidiana do caráter inaceitável da Criação. Das duas uma: ou a merda é aceitável (e, nesse caso, não precisamos nos trancar no banheiro), ou Deus nos criou de maneira inadmissível."
  • "Segue-se que o acordo categórico com o ser tem por ideal um mundo no qual a merda é negada e no qual cada um de nós se comporta como se ela não existisse. Esse ideal estético se chama kitsch."
  • "Quando o coração fala, não é conveniente que a razão faça objeções. No reino do kitsch, impera a ditadura do coração."
  • " Kitsch é um biombo que dissimula a morte."
  • A Grande Marcha é essa soberba caminhada para a frente, essa caminhada em direção à fraternidade, à igualdade, à justiça, à felicidade, e mais longe ainda, a despeito de todos os obstáculos, pois os obstáculos são necessários para que a marcha seja a Grande Marcha."
  • "Todos nós temos necessidade de ser olhados. Podemos ser classificados em quatro categorias, segundo o tipo de olhar sob o qual queremos viver."
  • "A primeira procura o olhar de um número infinito de pessoas anônimas; em outras palavras: o olhar do público."
  • "Na segunda categoria estão aqueles que não podem viver sem ser o foco de numerosos olhos familiares. São os incansáveis organizadores de coquetéis e jantares, mais felizes do que os da primeira categoria, que quando perdem seu público, imaginam que a luz se apagou na sala de suas vidas. As pessoas da segunda categoria sempre conseguem arrumar quem as olhe."
  • "Vem em seguida a terceira categoria, aqueles que têm necessidade de viver sob o olhar do ser amado. A situação dessas pessoas é tão perigosa quanto a daquelas da primeira categoria. Basta que os olhos do ser amado se fechem para que a sala fique mergulhada na escuridão."
  • "Por fim, existe a quarta categoria, a mais rara, a daqueles que vivem sob o olhar imaginário dos ausentes. São os sonhadores."
  • "Fizera essa viagem para se convencer de que a realidade é mais do que o sonho, muito mais do que o sonho."
  • "Para a esposa, o enterro do marido é o verdadeiro casamento! O casamento de sua vida! A recompensa de todos os sofrimentos."

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cinza

Como ainda estou sob o efeito da visita ao Canil Municipal, meus olhos estão cinzentos. Não consigo enxergar o mundo colorido. O otimismo é uma característica minha; mas o otimismo realista e operante. Creio na possibilidade das realizações. Acontece que, neste caso, minhas mãos não poderão trabalhar sozinhas. Preciso me agrupar com outros, preciso do poder público, preciso de Deus. Então, enquanto um novo capítulo não se desenrola, fico assim...

sábado, 23 de agosto de 2014

De Pessoa

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço..."

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Château 54






Chambre à coucher



Procurei um poeminha
Sobre quarto de dormir
Não encontrei, e eis um desafio:
fazer eu mesma, ou desistir




Então me veio à mente
Qual seria a definição?
Um ninho, um remanso
Um aconchego ao coração.



Tão pequeno em espaço!
Um universo particular
Abriga sonhos e planos
Que tratamos de realizar.





quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Eco

De Tabacaria, destaco:
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo
Tenho feito mais filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu...

É assim que me sinto hoje. E, por senti-lo, consigo me afinar com Pessoa e compreender seu poema. Sempre acreditei que algumas palavras encontram eco em nós. Lemos ou ouvimos algo que bate em nosso coração e reverbera em nossa alma. E nos estremece. E aciona algum botão interior que promove a mudança. Deve ser alguma lei da Física, num dado instante, infinitesimal, em que as vibrações coincidem e se encaixam. Como engrenagens. Sutilmente.
O fato é que tenho em meu peito hipotético mais humanidades do que Cristo. E, o sentimento de hoje se deve à Mel. Fui até a casa do Flávio (e Marta - mesmo nome que minha mãe) e lá estava ela na varanda, deitada em sua caixinha de papelão, com água limpa e ração. Quando me viu, claro que me reconheceu e veio se esfregar em mim. Ela tem um mecanismo de arranhar o chão, se esticar toda e depois esfregar a cabeça em nossos pés. Fui para entregar o sabonete anti-sarna que havíamos comprado e o sabão de coco que o Salim deu. E meu coração se encheu de humanidades. E de alegria. E de paz...
Quando saí, ela colocou a carinha para fora da varanda e ficou me olhando. Dei adeus. Ela decidiu-se que ali seria sua casa. Aquela família, que um dia a acolheu e alimentou, é o seu lar. Então, obrigada Senhor! E não esqueça a minha oração. Abençoa-os com a dádiva da saúde e com prosperidade. Rogo pela prosperidade para que tenham um descanso, uma segurança e paz! 

Entre o deleite e a reflexão

 De "A insustentável leveza do ser"
Milan Kundera

Quinta parte: A leveza e o corpo

  • "Um imbecil sentado no trono estaria isento de toda a responsabilidade somente pelo fato de ser um imbecil?"
  • "Você tem uma opinião tão alta assim das pessoas que o cercam para se importar com o que pensam?"
  • "Como a adulação nos desarma!"
  • "Quando nos defrontamos com alguém que é amável, atencioso e delicado, é muito difícil ficar convencido a cada instante de que nada do que é dito é verdadeiro, de que nada é sincero."
  • "Já havia compreendido que as pessoas se alegravam tanto com a humilhação moral do próximo, que jamais abriam mão desse prazer ouvindo explicações."
  • "... mas entre a aproximação da ideia e a precisão da realidade subsistia um pequeno intervalo de inimaginável."
  • "Parece que existe no cérebro uma zona específica, que poderíamos chamar de memória poética, que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida."
  • "Já disse que as metáforas são perigosas. O amor começa por uma metáfora. Ou melhor: o amor começa no momento em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética."
  • "As ideias também podem salvar vidas."
  • "Castigar alguém que não sabe o que faz é uma coisa bárbara."
  • "A história é tão leve quanto a vida do indivíduo, insustentavelmente leve, leve como uma pluma, como uma poeira que voa, como uma coisa que vai desaparecer amanhã."
  • "Tinha sempre uma espécie de nostalgia por essas pessoas que não têm medo de nada e que são ligadas entre si por uma forte amizade."
  • " _ O que você está olhando? _ Estou olhando as estrelas - respondeu. _ Não minta, você não está olhando as estrelas, está olhando para o chão. _ É que estamos num avião, as estrelas estão abaixo de nós."

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Entre a reflexão e o deleite

De "A insustentável leveza do ser"
Milan Kundera

Quarta parte: A alma e o corpo

  • "Coisa curiosa, dizemos palavrões da manhã à noite, mas se ouvimos no rádio uma pessoa conhecida e respeitada pontuar frases com "estou me cagando", ficamos um pouco decepcionados".
  • "As pessoas nunca perdem a ocasião de falar mal dos amigos".
  • "Quando uma conversa entre amigos diante de um copo de vinho é divulgada pelo rádio, uma coisa fica evidente: o mundo transformou-se num campo de concentração".
  • "O campo de concentração é a liquidação total da vida privada".
  • "As perguntas realmente sérias são aquelas - e somente aquelas - que uma criança pode formular. Só as perguntas mais ingênuas são realmente perguntas sérias. São as interrogações para as quais não existe resposta. Uma pergunta sem resposta é um obstáculo que não pode ser transposto. Em outras palavras: são precisamente as perguntas para as quais não existem respostas que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras de nossa existência".
  • "O que é o flerte? Pode-se dizer que é um comportamento que deve dar a entender que uma aproximação sexual é possível, sem que essa eventualidade possa ser entendida como uma certeza. Em outras palavras, o flerte é uma promessa de coito, mas uma promessa sem garantia".
  • "Desde criança via no livro a marca de uma fraternidade secreta".
  • "O que excita a alma é justamente ser traída pelo corpo, que age contra a sua vontade..."
  • "...é mais ou menos assim o instante em que nasce o amor: a mulher não resiste à voz que chama sua alma amedrontada; o homem não resiste à mulher cuja alma se torna atenta à sua voz".
  • "Muitas vezes nos refugiamos no futuro para escapar do sofrimento. Imaginamos uma linha na pista do tempo, e pensamos que a partir dessa linha o sofrimento deixará de existir".
  • "... os amores são como os impérios: desaparecendo a ideia sobre a qual foram construídos, morrem junto com ela".
  • "Queria sentar-se em sua margem e olhar a água, pois a visão da água fluindo acalma e cura. O rio corre de século em século, e as histórias dos homens se desenrolam na margem". 

domingo, 17 de agosto de 2014

sábado, 16 de agosto de 2014

Château 54





 La cuisine CRETTON&SIMEN






Qu`on est bien chez soi




Tão bom 
estar
aqui!





Lar doce Lar...





Cheirinho bom de café!







Home sweet home!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

As três árvores


Do livro "Cartas e Crônicas"
Irmão X
(Chico Xavier)

Instado pela assembléia de amigos a falar sobre a resposta do Criador às preces das criaturas, respondeu o velho Simão Abileno, instrutor cristão, considerado no Plano Espiritual por mestre do apólogo e da síntese:
- Repetirei para vocês, a nosso modo, antiga lenda que corre mundo nos contos populares de numerosos países... 

Em grande bosque da Ásia Menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus lhes concedessem destinos gloriosos e diferentes. A primeira explicou que aspirava ser empregada no trono do mais alto soberano da Terra; após ouvi-la, a segunda declarou que desejava ser utilizada na construção do carro que transportasse os tesouros desse rei poderoso, e a terceira, por último, disse então que almejava transformar-se numa torre, nos domínios desse potentado, para indicar o caminho do Céu. Depois das preces formuladas, um Mensageiro Angélico desceu à mata e avisou que o Todo-Misericordioso recebera as rogativas e atenderia às petições. Decorrido muito tempo, lenhadores invadiram o horto selvagem e as árvores, com grande pesar de todas as plantas circunvizinhas, foram reduzidas a troncos, despidos por mãos cruéis. Arrastadas para fora do ambiente familiar, ainda mesmo com os braços decepados, elas confiaram nas promessas do Supremo Senhor e se deixaram conduzir com paciência e humildade. Qual não lhes foi, porém, a aflitiva surpresa!... Depois de muitas viagens, a primeira caiu sob o poder de um criador de animais que, de imediato, mandou convertê-la num grande cocho destinado à alimentação de carneiros; a segunda foi adquirida por um velho praiano que construía barcos por encomenda; e a terceira foi comprada e recolhida para servir, em momento oportuno, numa cela de malfeitores. As árvores amigas, conquanto separadas e sofredoras, não deixaram de acreditar na mensagem do Eterno e obedeceram sem queixas às ordens inesperadas que as leis da vida lhes impunham... No bosque, contudo, as outras plantas tinham perdido a fé no valor da oração, quando, transcorridos muitos anos, vieram a saber que as três árvores haviam obtido as concessões gloriosas solicitadas... A primeira, forrada de panos singelos, recebera Jesus das mãos de Maria de Nazaré, servindo de berço ao Dirigente Mais Alto do Mundo; a segunda, trabalhando com pescadores, na forma de uma barca valente e pobre, fora o veículo de que Jesus se utilizou para transmitir sobre as águas muitos dos seus mais belos ensinamentos; e a terceira, convertida apressadamente numa cruz em Jerusalém, seguira com Ele, o Senhor, para o monte e, ali, ereta e valorosa, guardara-lhe o coração torturado, mas repleto de amor no extremo sacrifício, indicando o verdadeiro caminho do Reino Celestial...

Simão silenciou, comovido. E, depois de longa pausa, terminou, a entremostrar os olhos marejados de pranto:
-  Em verdade, meus amigos, todos nós podemos endereçar a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces; no entanto, nós todos precisamos cultivar paciência e humildade, para esperar e compreender as respostas de Deus.

Hoje, completo 24 anos de magistério público estadual. Para comemorar esta data, dei-me de presente três árvores de madeira, formando um lindo painel, que irá enfeitar a parede de minha sala. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Cicatrizes do tempo


"Nossas dores e amores são compartilhados com outros, 
e no processo de se entregar e receber em troca, também crescemos. 
Tenho muito orgulho de minhas cicatrizes".
 (Isabel Allende - Revista MIT, março de 2014)

Eu também!

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Entre o deleite e a reflexão

De "A insustentável leveza do ser"
Milan Kundera.

Terceira parte: As palavras incompreendidas

  • "Enquanto as pessoas são ainda mais ou menos jovens e a partitura de suas vidas está somente nos primeiros compassos, elas podem fazer juntas a composição e trocar os temas. Mas quando se encontram numa idade mais madura, suas partituras musicais estão mais ou menos terminadas, e cada palavra, cada objeto, significa algo de diferente na partitura do outro".
  • "Aquilo que não é consequência de uma escolha não pode ser considerado mérito ou fracasso".
  • "A fidelidade é a primeira de todas as virtudes, a fidelidade dá unidade à nossa vida, e sem ela, iria estilhaçar-se em mil impressões fugidias".
  • "A música é libertadora; ela o liberta da solidão e da clausura, da poeira das bibliotecas e abre-lhe no corpo as portas por onde a alma pode sair para confraternizar-se".
  • "É um círculo vicioso. As pessoas tornam-se surdas porque colocam a música cada vez mais alto. Mas, como se tornam surdas, não lhes resta mais nada senão aumentar o volume".
  • "O barulho tem uma vantagem. No meio dele não se ouvem as palavras".
  • "Numa sociedade rica os homens não tem necessidade de trabalhar com as mãos e se dedicam a atividades intelectuais. Existem cada vez mais universidades e cada vez mais estudantes. Para obter o diploma, é preciso que eles encontrem temas de dissertação. Existe um número infinito de temas, pois pode-se falar sobre tudo e sobre nada. Pilhas de papel amarelado se acumulam nos arquivos, que são mais tristes do que os cemitérios, porque não vamos a eles nem  mesmo no Dia de Finados. A cultura desaparece numa multidão de produções, numa avalanche de sinais, na loucura da quantidade".
  • " É verdade, há livros para serem lidos de dia, e outros que só podem ser lidos à noite".
  • "A meta que perseguimos é sempre velada. Uma moça que deseja um marido deseja uma coisa que lhe é totalmente desconhecida. O jovem que corre atrás da glória não tem nenhuma ideia do que seja a glória. Aquilo que dá sentido à nossa conduta sempre nos é totalmente desconhecido".
  • "Se tivessem ficado juntos mais tempo, talvez pouco a pouco as palavras de um tivessem começado a ser compreendidas pelo outro".
  • "Ele tinha mais ou menos doze anos quando um dia ela se viu só, tendo sido abandonada subitamente pelo pai de Franz. Este suspeitava que alguma coisa de grave havia acontecido, mas sua mãe dissimulava o drama com palavras neutras e medidas para não traumatizá-lo. Foi nesse dia, quando saía do apartamento para juntos darem um passeio pela cidade, que Franz notou que sua mãe estava com sapatos de pares trocados. Ficou confuso, quis avisá-la, temendo ao mesmo tempo magoá-la. Andou com ela duas horas pelas ruas sem poder despregar os olhos de seus pés. Foi então que começou a ter uma vaga ideia do que significava sofrer".

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

sábado, 9 de agosto de 2014

Entre a reflexão e o deleite

De "A insustentável leveza do ser"
Milan Kundera

Primeira parte: A leveza e o peso

  • "O fardo mais pesado é, portanto, ao mesmo tempo, a imagem da mais intensa realização vital. Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está nossa vida e mais ela é real e verdadeira".
  • "Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso o que faz com que a vida pareça sempre um esboço".
  • "O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor, mas pelo desejo do sono compartilhado".
  • "Aquele que quer deixar o lugar onde vive não está feliz".

Segunda parte: A alma e o corpo

  • "O acaso tem suas mágicas, a necessidade, não. Para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se juntem desde o primeiro instante".
  • "Mas, quando não cuidamos do corpo, tornamo-nos mais facilmente vítimas dele".
  • "Podemos, com razão, censurar o homem por ser cego a esses acasos da vida cotidiana, privando assim a vida da sua dimensão de beleza".

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Por onde andei...




  • Rua João Pinto Coelho, 153 - Fundos (março de 1988 até 02 de junho de 1990 - 2 anos e 3 meses).
  • Avenida Souza, 58/apto 201 (02 de junho de 1990 até 09 de novembro de 1998 - 8 anos e 5 meses).
  • Rua João Caetano de Oliveira, 14 - Sobrado (09 de novembro de 1998 até 08 de outubro de 2000 - 1 ano e 11 meses).
  • Rua Djanira Andrade Barros, 33 (08 de outubro de 2000 até 27 de setembro de 2002 - 1 ano e 11 meses).
  • Rua Coronel Olivier, 159 - Sobrado (27 de setembro de 2002 até 1º de maio de 2004 - 1 ano e 7 meses).
  • Rua Dr. Ferreira da Luz, 407/apto 202 (1º de maio de 2004 até 25 de outubro de 2008 - 4 anos, 5 meses e 25 dias).
  • Novamente na Avenida Souza, 188/apto 102 (25 de outubro de 2008 até quando o Senhor permitir).
Memórias... Nossas memórias...

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Ao Daniel, pelos 16 anos!

Passei todo o domingo para criar esse vídeo (sozinha!) e metade da noite chorando por ter conseguido fazê-lo.
É meu presente, filho, pelos seus 16 anos: seu primeiro aniversário longe de casa, da família, do sítio, dos amigos... Mas é aquilo que escrevi nos seus 7 anos: "conforme os anos forem passando, você vai crescer e tornar-se cada vez mais independente." 
E eu tenho tanto orgulho de você!
Sua irmã disse que você vai achar "mico", mas não me importo, porque meu coração toca o seu coração e sei que quando terminar de assistir, uma lágrima também vai estar correndo no seu rosto. Você é tão maduro... 
Deus te abençoe todos os dias. Nós te amamos muito e estamos sempre aqui.




segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Lar


Enquanto repousa... lê quadrinhos.

Melhor definição de LAR que já encontrei. 

De Patrick McDonnell 
Mutts - Os vira-latas


sábado, 2 de agosto de 2014

Poema de uma década


Penso em você, penso em nós.
Às vezes tudo me parece distante.
Palavras lindas...
Atitudes parcas...
Ilusão?
Onde chegará?
Vou permitir ao destino
o arrrrrastar dos dias, das horas...
E tentar não cometer nenhum desatino.
Quem sabe eu consiga, pela Primeira vez,
Apenas ESPERAR
para que a vida me mostre
aquilo que realmente vem para mim.
Há uma muralha,
uma mão invisível que diz: não se aproxime!
Há uma dor estranha,
silenciosa e constante,
Que acompanha o som e o silêncio
A luz e a escuridão.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Blog de roupa nova (de novo!)

Em despedida
Como já é sabido, sempre que inauguro meu caderno de memórias, meu blog muda o layout. Talvez eu possa definir-me conservadora. Talvez não... Talvez metódica, cartesiana. Gosto de regularidades, mas das irregularidades também. Gosto da vida. Uma coisa é certa: gosto de chão e de lógica. Quando a vida usa seus artifícios de "sacudir" tudo, dou logo um jeito de ativar minha resiliência, re-significar conceitos. Gosto de madeira. Gosto muito de café. Preciso do café das cinco. Gosto de ser mãe. Porque é desafiador ser mãe. E os desafios nos fazem maiores. Às mães sempre são reservadas surpresas da vida. Gosto de poesia e aproveitamentos. Contradizendo Calcanhoto, gosto do bom gosto e gosto do bom senso, mas não dos sistemas enquadrantes, que nos deixam sempre disfarçando hipocrisias... Tento manter a alma limpa. Gosto do círculo porque representa a forma democrática. Gosto de democracia. Nasci no dia da democracia. Gosto do amor. E do tempo, claro. Dos objetos que trazemos com o tempo e que contam histórias. Não do luxo, mas do digno. E de limpeza. Amo limpeza a ponto de submeter-me a ela para usufruir o prazer que ela sabe proporcionar. Faltou neste novo cabeçalho uma caixa de lápis de cor com 48 cores que agora acompanha meu caderno. Pintar esvazia minha mente. Escrever não. Para escrever é preciso pensar... Ambas promovem catarses.... Faltou uma fotografia. Como dentro em breve vou estar "trocando de roupa", acrescento os inestimáveis itens. Au revoir!