terça-feira, 21 de abril de 2015

Porque os exemplos arrastam...

Em 06 de agosto de 2014, Daniel completou 16 anos. No dia do seu aniversário não pode estar conosco. Estava em semana de provas na EPCAR; mas, ainda que não estivesse, também não seria liberado. "Folga de aniversário é para os fracos, mãe."
Acontece que logo na semana seguinte foi feriado em Barbacena e ele pode vir para casa por 4 dias. Então, era hora de comemorar o aniversário com a tradição do bolo, família, almoço na casa da avó... E, bolo da D. Dely, claro! (Passei anos chamando-a de Derly, até descobrir recentemente que não tem o r). Somos vizinhas há muitos anos e ela é profissional conceituada na arte das gordices. Bolo de verdade, todo feito em casa, muitas camadas de recheio delicioso, hum...  Algumas vezes, talvez por tantos anos no currículo, errou um pouquinho na mão e o bolo não saiu bem da cor que pretendíamos, outra vez entregou-o tão fresco que rachou ao meio (niver do Dani também, coitadinho). E, este último também "deu defeito", craquelou-se no caminho de casa. E eu chorei... Ah, como chorei! 
Por 15 minutos apenas, só para fazer a catarse, porque logo em seguida a mente cartesiana já começou a pensar numa maneira de reverter a situação e resolver o problema. Imagine se sou pessoa de ficar com um bolo craquelado e me conformar com isso! Era sábado de manhã... Fui ao mercado na esperança de comprar umas coisinhas para salvar a tradição do bolo. E comprei granulados, biscoitos, bolinhas de chocolate, uma fita colorida, trabalho realizado a oito mãos e o resultado está aqui, comprovado pela tradicional foto.


Estamos em abril de 2015, feriadão de Tiradentes. Todos juntos em casa... Churrasco para almoço, doce-prestígio para sobremesa, esses momentos raros e felizes que compensam toda a rotina cotidiana. Até que lá pelas 15 horas, um filho está atirado dormindo no sofá, a filha resolve encastelar-se na leitura e nos estudos e o mais novo pede para visitar os amigos. Ok, ok, "viva e deixe viver", eis o primeiro mandamento do papa Francisco, em recente entrevista a Pablo Calvo, quando cita 10 mandamentos para a felicidade. (Parênteses: não sou católica, mas adoro esse Papa).
No cair da tarde, o filho liga pedindo para ficar mais um pouco porque estão organizando um chá de panelas para alguém. Posso imaginar meu rebento de 14 anos ajudando num chá de panelas! Sim, é possível, creiam-me.
Não sei precisar a hora, mas à noite chegou todo feliz e veio direto contar a novidade: salvara o bolo da festa! "Mãe, você não sabe o que aconteceu? O bolo chegou todo esquisito e a mãe da minha amiga quase chorou (como você aquele dia) e então eu falei para ela que podia dar um jeito. Que isso já tinha acontecido aqui em casa e nós enfeitamos ele todo de novo. Fui ao mercado com minha amiga e compramos biscoito, balas, suspiros e fitas. E você nem imagina como ele ficou!"
"É, nem imagino..."
Mas, graças a essa modernidade chamada internet, a foto veio rapidinho e pode comprovar a história do nosso prestativo menino.
Depois
Antes













Como é companheiro meu filho Renan!
... E nossas vivências vão nos construindo, nos formando, nos moldando. Isto sim, uma riqueza. Para sempre.

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