sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Ano Novo, Vida Nova, Casa Nova

Imagem do Google - Filme UP - Altas Aventuras
Uma casa deve ser um lugar terapêutico. Um refúgio. É o local que passamos a maior parte de nossas vidas, mesmo que tenhamos ficado o dia todo fora, trabalhando. Ali confiamos nosso sono - a reparação diária das energias - nossos fins de semana, os feriados, as férias e, o que há de mais sagrado: nossos sonhos.
Deveria ser o local das refeições, sempre que possível. Pelo menos uma delas. Uma casa, para ser terapêutica, precisa de cheiros, sabores, cores. Há de ser limpa, por dentro e por fora, cercada de vida. É fácil perceber quando uma casa foi abandonada, mesmo que seus moradores ainda estejam dentro dela. Quando a família adoece, a casa adoece também. Podemos afirmar, sem medo de um equívoco, que ela é um reflexo do momento espiritual daqueles que a habitam.
Uma casa deve ser um lugar de oração. E também de roupas limpas na cama toda semana, de flores nos vasos, quadros nas paredes, lembranças nos porta-retratos. E música, claro, muita música; de boa qualidade. Piso limpo, banheiro perfumado, louças na cristaleira, colcha bonita, licor na licoreira (tão bonitas aquelas tacinhas pequenininhas...), e, se não for pedir muito, um doce sempre disponível no pote, para visitas... Incensos também.
Uma casa não pode acumular poeira. Muito menos mágoas. A mágoa é a primeira ferrugem de uma casa. Uma ou duas vezes ao ano é terapêutico desvencilhar-se dos excessos... Aqueles copos que juntamos ao longo dos meses, potinhos, objetos que acumulamos. Supérfluos... Entulho é inimigo número um da saúde. Lembre-se: se o dono adoece, a casa fica à deriva.
Não é fácil manter uma casa assim. Exige cuidados diários, dedicação. E há sempre um cansaço... Uma vontade de deixar para depois... As férias na praia, o feriado na montanha, aquela viagem a outro país trocam a roupa da alma, como diria o poeta... mas é no dia a dia, na segurança das quatro paredes que mantemos nossa sanidade. Isso justifica todo esforço para manter nossa casa como um lugar terapêutico. E, se suplantamos a preguiça e transformamos tudo isso em um hábito - que ao longo do tempo incorpora-se e passa a ser natural -, eis que construímos um lar. Porque um coração valoroso, imbuído de amor e coragem transforma uma casa em um lar. E, se mais de um ser vivente ali habita, temos uma família. Aí, nossa quota de investimento aumenta, mas isso é reflexão para outro post...por ora, é Ano Novo, Vida Nova, Casa Nova...

Um comentário:

  1. Oi Alessandra, Meu nome é Cláudia e sou cunhada de Eleonora Cretton. Imagino que vocês se conheçam ainda que virtualmente. Adorei seu texto Ano novo, vida nova, casa nova. Parabéns e um ano novo cheio de coisas boas

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