Outro dia comprei uma Colomba Pascal (uma prima do panetone), deliciosa. Ah, que maravilha a ser saboreada com um café quentinho! Quando me dei conta que ela estava acabando, corri a fazer um café para comer o último pedaço; justamente aquela beiradinha queimada... Hummm... Não queria que acabasse. Então, fui tirando pequenos pedaços, como um passarinho, e comendo vagarosamente, para aproveitar bem o sabor do momento.
Foi então que me chegou o seguinte pensamento: "então, Alessandra, outro dia vc e sua amiga conversavam sobre as pessoas que comem sem pressa... Só quem sabe (consciente ou inconscientemente) o valor de um pão para matar a fome pode compreender essa questão. Quando se come devagar, em pedacinhos bem mínimos, prolonga-se o tempo da alimentação e uma mensagem é enviada ao cérebro: estou me alimentando, não estou passando fome. O cérebro vai compreender que, por demorar tanto a comer, vc aumentará a saciedade. E ficará sem fome por muitas horas, ainda que tenha comido apenas meia fatia do pão. Compreende? Quanto mais depressa vc come, mais quantidade de comida precisa ingerir para seu cérebro entender que vc está saciada.
Comer devagar é uma estratégia de sobrevivência de quem passa fome.
Quanto mais devagar se come, mais aumenta a sensação de saciedade e menos quantidade é preciso ingerir. Logo, mais magro a pessoa fica. Então, Alessandra, se quer emagrecer, diminua a quantidade e coma bem devagar..."
Esse registro é de 12 de abril de 2021. Quase um ano depois estou novamente a comer a Colomba com o café da tarde. Embora tenha efetuado muitas mudanças em meus hábitos alimentares, não aprendi a comer pequenas porções bem devagar; logo, não emagreci... AF! Quantas demandas (e reflexões) tem a vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário