domingo, 23 de abril de 2023

GEAP Palestra #10 - O compromisso Moral dos Espíritas

 O COMPROMISSO MORAL DOS ESPÍRITAS - #10GEAP

  1. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questões: 629, 630, 636 e 637.
  2.  O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. VI. It. 4 e Cap. XI. It. 9.
  3.  Mensagem de Emmanuel, In: Luz no Caminho. Ed. Cultura Espírita União.
  4. Os mensageiros. André Luiz/ Chico Xavier - FEB

Em O Livro dos Espíritos consta a seguinte definição de moral: “[…] é a regra de bem proceder, isto é, a distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observância da Lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo pelo bem de todos, porque então cumpre a Lei de Deus.” A resposta transmitida pelos Espíritos orientadores em relação à regra de bem proceder nos aponta, de imediato, para o entendimento de duas ideias fundamentais: a) conhecimento do bem e do mal; b) prática da Lei de Deus.

Os Espíritos da Codificação Espírita, resumem as diferentes conceituações existentes a respeito do bem e do mal difundidas pela Filosofia e pela Ética quando afirmam: “o bem é tudo o que é conforme à Lei de Deus, e o mal é tudo o que dela se afasta. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringir essa lei.” 

Vídeo Einstein


´  Allan Kardec pondera a respeito:

As circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes o homem comete faltas que, embora decorrentes da posição em que a sociedade o colocou, não são menos repreensíveis. Mas a sua responsabilidade é proporcional aos meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal.

É por isso que o homem esclarecido que comete uma simples injustiça é mais culpado aos olhos de Deus do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos.

´  O compromisso moral que o espírita assume nesse particular é muito relevante, uma vez que, por não desconhecer as noções básicas do Espiritismo, tem consciência da sua realidade espiritual como Espírito imortal, que sabe de “[…] onde vem, para onde vai e por que está na Terra; um chamamento aos verdadeiros princípios da Lei de Deus e consolação pela fé e pela esperança.”

Para isso a Doutrina nos trouxe os Caracteres do Homem de Bem.

Música -  Intérprete: Jorge Pessanha

Música: o homem de bem

O verdadeiro homem de bem

É aquele que pratica a Lei de Amor

De justiça e caridade

De pureza e de bondade

Interroga a consciência

Se essa Lei já violou

Não comete o mal

Tem fé em Deus e na bondade

Sabe que nada acontece

Sem a Sua permissão

Tem fé no futuro

E por isso coloca os bens espirituais

Acima desses bens só temporais

Quando nas dores da vida

E nas decepções

Aceita sem murmurar

Que são provas ou expiações

Encontra benefícios

Nos serviços que prestam

Nas lágrimas que secam

E nas consolações

Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros

Antes de si

Antes dos seus

É bom, benevolente

Humano e muito mais

Nem de raça, nem de crença

Distinção ele não faz

Respeita todas as convicções

A caridade sempre é seu guia

Não tem ódio nem rancor

Nem desejo de vingança

A exemplo de Jesus

Perdoa todo dia...

É indulgente com as fraquezas alheias

Não procura defeito nos outros

Estuda suas próprias imperfeições

Trabalha sem cessar para combatê-las

Não se envaidece da sorte

Ou com os bens pessoais

Usa, mas não abusa

De bens materiais

Se tem algum dependente nas relações sociais

Trata com benevolência

E muita paz!

É o homem de bem...

É o homem de bem...

Quem plantar, vai colher

Vou lutar, vou crescer

Vou chegar lá também...

Mensagem de Emmanuel:

O Espiritismo não consiste num sistema de pura indagação científica para que a filosofia se enriqueça de novos sofismas.

Nosso intercâmbio pecaria na base se estivéssemos circunscritos ao campo de mera demonstração da realidade espiritual através de jogos de raciocínio.

Reduziríamos a doutrina que nos felicita a simples ministério de informações, sem esquemas redentores para a vida em si.

É por isto que JAMAIS nos cansaremos no APELO ao nosso entendimento para que a TERCEIRA REVELAÇÃO represente para todos nós a gloriosa escola de reajustamento mundial no CRISTIANISMO REDIVIVO.

Dominam-nos, ainda, considerando o problema coletivamente, o ódio e o orgulho, a discórdia e a vaidade, com o seu velho cortejo de misérias, que permutam a máscara de civilização em civilização.

A guerra, com a sua corte de aflições e de angústias, não cedeu um centímetro de terreno ao edifício da paz verdadeira, porquanto o ódio e a crueldade permanecem instalados no coração humano.

Vivemos, em razão disso, torturante período de refazimento e restauração, dentro do qual nossos sentimentos são convocados automaticamente à percepção e aplicação do Cristianismo.

´  Em outros lugares da Terra, o Espiritismo ainda não conseguiu revelar suas finalidades e objetivos.

Recebemos o ministério da luz espiritual e não podemos esquecer que, se milhões de irmãos nossos podem recorrer à palavra “direito” nos círculos do mundo, a nós cabe com Jesus o “dever” de servir em seu nome, sem exigências.

Estejamos, assim, atentos às obrigações que nos foram deferidas. Iniciemos, cada dia, novo trabalho de evangelização em nós mesmos, estendendo esta atividade aos que nos cercam.

A Doutrina abre-nos abençoadas portas de colaboração fraternal.

Perdendo na esfera da posse transitória, ganharemos sempre nas possibilidades de conquistar a Luz Imperecível. Não duvideis.

Não esperemos o êxtase da nova Aurora, mantendo-nos no círculo estreito da crença inoperante.

Entendamos a gravidade do minuto, entretanto, elevemos o coração do Sol da confiança em Cristo.

Sejamos fiéis trabalhadores de sua causa na Terra.

Fixai a mente nos Círculos sublimes onde se localizam as fontes que vos suprem de energia.

E, irmanados uns aos outros, no mesmo labor santificante, marchemos para a frente, identificados n’Aquele que ainda e sempre repete para nossos ouvidos frágeis: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim.”

Transformemo-nos, meus amigos, naquelas “cartas vivas” do Mestre a que o apóstolo Paulo se refere em suas advertências imortais.

´  A história de Alfredo, Ismália e Paulo.

Livro: Os mensageiros, capítulos 17 e 27.

Etapas do processo:

´  Conversa diária;

´  Necessidade de reconciliação;

´  Visita como pessoa caridosa;

´  Dilatação do entendimento e comparação de situações;

´  Sentimento de piedade;

´  Simpatia;

´  Fraternidade e amor.

O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes no fundo do coração a centelha desse fogo sagrado. 
                                                                                                                                                             Fénelon



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