Recursos
“… Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza, porque a vida de um
homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” — JESUS (Lucas,
12.15)
Frequentemente, quando nos
referimos à propriedade, recordamos, de imediato, posses e haveres de expressão
material e reconstituímos na lembrança a imagem dos nossos amigos que carregam
compromissos com a fortuna terrestre, como se eles fossem os únicos
responsáveis pelo equilíbrio do mundo. Entretanto, assim agindo, escorregamos
inconscientemente para a fuga de nossos próprios deveres, sem que isso nos
isente das obrigações assumidas.
Simbolicamente, todos retemos
capitais a movimentar, de vez que, em cada estância regeneradora ou evolutiva
em que nos encontremos, somos acompanhados por valiosos créditos de tempo,
através dos quais a Divina Providência nos considera iguais pela necessidade
e, simultaneamente, nos diferencia uns dos outros pela aplicação individual que
fazemos deles.
Somos todos, desse modo,
convocados não apenas a empregar dinheiro, mas também saúde, condição,
profissão, habilidade, entendimento, cultura, relações e possibilidades
outras de que sejamos detentores, em favor dos outros, porquanto pelas
nossas próprias ações somos valorizados ou depreciados, enriquecidos ou podados
em nossos recursos pela Contabilidade da Eterna Justiça.
Permaneçamos, assim, atentos às
menores oportunidades de ajudar que se nos ofereçam, na experiência cotidiana,
aproveitando-as, quanto possível, porque, se as nossas reservas de tempo estão
sendo realmente depositadas no Fundo de Serviço ao Próximo, no Banco da Vida, a
Carteira do Suprimento Espontâneo nos enviará, estejamos onde estivermos, os
dividendos de auxílio e felicidade a que tenhamos direito, sem que haja, de
nossa parte, nem mesmo a preocupação de sacar.
Emmanuel – Ceifa de Luz, 41
https://dobrasdotempo.blogspot.com/2023/01/paz-e-harmonia-palestra-06.html
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