domingo, 6 de abril de 2025

#44 GEAP - O Livro dos Espíritos

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

(João, 14: 16-26; E.S.E – capítulo 6; Depois da Morte – Léon Denis; Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho – HC/CX; Cenas do filme “O baile das loucas” (2021); ESDE – Tomo I – Módulo II - Roteiro 5).

O Espiritismo não é invenção moderna!

Na Antiguidade:

       A evocação dos mortos era praticada em todas as grandes civilizações, como o Egito, a Grécia e a Roma.

       Os magos, feiticeiros, bruxos, pitonisas e oráculos eram intermediários nessas evocações.

      Os iniciados buscavam praticar a comunicabilidade espiritual de forma mais criteriosa, com fins mais nobres.

     Krishna, Zoroastro, Hermes, Moisés, Pitágoras, Platão e Jesus: todos os que têm posto ao alcance das multidões as verdades sublimes.

Jesus:

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. (...) Tenho-vos dito isto, estando convosco. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João, 14:16-26)

O Consolador Prometido - E.S.E – Cap. 6:

       Ensinar todas as coisas, porque Ele não disse tudo.

       Relembrar o que o Cristo disse porque foi esquecido ou mal compreendido.

       Chamar os homens à observância da Lei.

       Ensinar todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas.

       Levantar o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios.

       Trazer a consolação suprema aos que sofrem atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.

A vinda de Kardec (Humberto de Campos):

Em uma de tais assembleias, presidida pelo coração misericordioso e augusto do Cordeiro, fora destacado um dos grandes discípulos do Senhor, para vir à Terra com a tarefa de organizar e compilar ensinamentos que seriam revelados, oferecendo um método de observação a todos os estudiosos do tempo.

Foi assim que Allan Kardec, a 3 de outubro de 1804, via a luz da atmosfera terrestre, na cidade de Lion. Segundo os planos de trabalho do mundo invisível, o grande missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares da sua obra.

18 de abril de 1857 - Há 168 anos!














Queima dos Livros - Auto da Fé de Barcelona:

Auto de fé de Barcelona foi uma expressão notabilizada por Allan Kardec para se referir à queima, em praça pública, de trezentos (300) livros espíritas, realizada no dia 9 de outubro de 1861, às 10:30, em Barcelona, Espanha. Essa expressão foi utilizada pela primeira vez no subtítulo do artigo "O resto da Idade Média", publicado em novembro daquele ano na "Revue Spirite".

Maurice Lachâtre, editor francês, achava-se estabelecido em Barcelona com uma livraria, quando solicitou a Kardec, seu compatriota, em Paris, um lote de livros espíritas, para vendê-los na Espanha.

Quando os livros chegaram ao país, foram apreendidos na alfândega, por ordem do Bispo de Barcelona, Antonio Palau Termes (1857–1862), sob a alegação de que "A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outros países". O mesmo eclesiástico recusou-se a reexportar as obras apreendidas, condenando-as à destruição pelo fogo.

O evento causou viva impressão por meio da imprensa de todo o mundo à época, evocando as antigas fogueiras do Santo Ofício, chamando a atenção para as obras espíritas.

Kardec, em decorrência deste episódio, comentou:

"Graças a esse zelo imprudente, todo o mundo, em Espanha, vai ouvir falar do Espiritismo e quererá saber o que é; é tudo o que desejamos. Podem-se queimar os livros, mas não se queimam as ideias; as chamas das fogueiras as superexcitam em lugar de abafá-las. As ideias, aliás, estão no ar, e não há Pirenéus bastante altos para detê-las; e quando uma ideia é grande e generosa, ela encontra milhares de peitos prontos para aspirá-la."

O Livro dos Espíritos:

·         Primeira obra da Codificação;

·         A 1ª edição tinha 501 questões;

·         Na 2ª edição, que Kardec considerava definitiva, se compõe de 1.019 questões, com notas aditivas e comentários;*

 




Em sua estrutura geral, apresenta:

·         Introdução, composta de 17 itens. É aí que aparecem os termos espírita, espiritista e Espiritismo, criados por Kardec;

·         Prolegômenos: introdução geral da obra; encimados pela cepa (tronco de videira).

·         Corpo da obra, dividido em 4 partes;

·         Conclusão.

Tábua das matérias/Corpo da obra:

Parte Primeira - Causas Primárias

Parte Segunda – Mundo espírita

Parte Terceira – Leis Morais

Parte Quarta – Esperanças e Consolações

       Parte Primeira + Parte Segunda = base para O livro dos Médiuns (janeiro de 1861)

    Parte Primeira + Parte Segunda + Parte Terceira (Leis Morais) = base para  O Evangelho segundo o Espiritismo (abril de 1864)

       Parte Primeira + Parte Segunda + Parte Quarta = base para O Céu e o Inferno (agosto de 1865)

       Parte Primeira + Parte Segunda + Parte Terceira = base para A Gênese

       Parte Primeira + Parte Segunda + Introdução e Prolegômenos = Base para O que é o Espiritismo (1859)*

“Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuamente, tal é a lei”. (Frase insculpida no teto do túmulo de Allan Kardec).

Obrigada, Kardec!



 

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