sábado, 24 de maio de 2025

#46 CECV - Imunização Espiritual

 




Livro PÃO NOSSO – EMMANUEL / Chico Xavier – 137 – Inimigos

Amai, pois, os vossos inimigos. – Jesus. (Lucas, 6:35.)

A afirmativa do Mestre Divino merece meditação em toda parte. Naturalmente que a recomendação, quanto ao amor aos inimigos, pede análise especial.

A multidão, em geral, não traduz o verbo amar senão pelas atividades cariciosas. Para que um homem demonstre capacidade afetiva, ante os olhos vulgares, precisará movimentar imenso cabedal de palavras e atitudes ternas, quando sabemos que o amor pode resplandecer no coração das criaturas sem qualquer exteriorização superficial. Porque o Pai nos confira experiências laboriosas e rudes, na Terra ou noutros mundos, não lhe podemos atribuir qualquer negação de amor.

No terreno a que se reporta o Amigo Divino, é justo nos detenhamos em legítimas ponderações.

Onde há luta há antagonismo, revelando a existência de circunstâncias com as quais não seria lícito concordar em se tratando do bem comum. Quando o Senhor nos aconselhou amar os inimigos, não exigiu aplausos ao que rouba ou destrói, deliberadamente, nem mandou multiplicarmos as asas da perversidade ou da má-fé. Recomendou, realmente, auxiliarmos os mais cruéis; no entanto, não com aprovação indébita e sim com a disposição sincera e fraternal de ajudá-los a se reerguerem para a senda divina, através da paciência, do recurso reconstrutivo ou do trabalho restaurador. O Mestre, acima de tudo, preocupou-se em preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em disputas inferiores, inúteis ou desastrosas.

Ama, pois, os que se mostram contrários ao teu coração, amparando-os fraternalmente com todas as possibilidades de socorro ao teu alcance, convicto de que semelhante medida te livrará do calamitoso duelo do mal contra o mal.

A imunização é o processo pelo qual uma pessoa se torna resistente a uma doença, quer através do contacto com certas doenças, quer através da administração de uma vacina. As vacinas estimulam o sistema imunitário do organismo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças.

Imunização espiritual

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem…”

— JESUS (Mateus, 5.44)

Temos, efetivamente, duas classes de adversários:

        aqueles que não concordam conosco;

       e aqueles outros que suscitamos com a nossa própria cultura de intolerância.

Os primeiros são inevitáveis. Repontam da área de todas as existências, mormente quando a criatura se encaminha para diante nas trilhas de elevação. Nem Jesus viveu ou vive sem eles.

Os segundos, porém, são aqueles cujo aparecimento podemos e devemos evitar.

Para isso, enumeremos alguns dos prejuízos que angariaremos, na certa, criando aversões em nosso caminho:

• focos de vibrações contundentes;

• centros de oposição sistemática;

• ameaças silenciosas;

• portas fechadas ao concurso espontâneo;

• opiniões quase sempre tendenciosas, a nosso respeito;

• suspeitas injustificáveis;

• propósitos de desforço;

• antipatias gratuitas;

• prevenções e sarcasmos;

• aborrecimentos;

• sombras de espírito.

Qualquer das parcelas relacionadas nesta lista de desvantagens bastaria para amargurar larga faixa de nossa vida, aniquilando-nos possibilidades preciosas ou reduzindo-nos eficiência, tranquilidade, realização e alegria de viver.

Fácil inferir que apenas lesamos a nós mesmos, fazendo adversários, tanto quanto é muito importante saber tolerá-los e respeitá-los, sempre que surjam contra nós.

Compreendamos, assim, que quando Jesus nos recomendou amar os inimigos estava muito longe de induzir-nos à conivência com o mal, e sim nos entregava a fórmula ideal do equilíbrio com a paz da imunização.


Jesus no Lar – Neio Lúcio

Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se nos não habituamos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?

No Mundo Maior – Capítulo 7:  Processo Redentor

“Considerando-lhe o nobre costume da oração em horário prefixado, valemo-nos dessas ocasiões para vir-lhe em amparo”.

Calderaro – mentor espiritual

Obreiros da Vida Eterna – capítulo 14: Prestando Assistência

“Dimas, não obstante dedicado à causa do bem e compelido a grande esforço de cooperação na obra coletiva, descuidou-se da prática metódica da oração em família, no santuário doméstico. Por isso, tem defesas pessoais, mas a residência conserva-se à mercê da visitação de qualquer classe.” Fabriciano

Missionários da Luz – capítulo 6: A oração

“Curioso, observei que as entidades mostravam-se, agora, terrivelmente contrafeitas. Alguma coisa impedia-lhes acompanhar a vítima ao interior.”

“- Você já sabe que que a prece traça fronteiras vibratórias.”

André Luiz e Alexandre.



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