segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Memorial - Uma meta começa como uma semente...

Nasci na zona rural do município de Santo Antônio de Pádua em 25 de outubro de 1970, com pai carpinteiro e lavrador e mãe costureira. Estudei em escola pública até a 4ª série (hoje, 5º ano) na comunidade em que residia. Minha chegada à escola foi muito positiva e tenho certeza que esse foi um dos motivos pelo meu amor aos estudos. Com 4 anos estava sendo alfabetizada pela minha irmã (10 anos) e o interesse pela leitura e pelas continhas era muito grande. Minha mãe então, pediu à diretora, Dona Adelaide, se eu poderia frequentar a escola como ouvinte. Era agosto de 1975. A diretora consentiu e quando cheguei para minha primeira aula, ela tomou-me pela mão, conduziu-me pela escola apresentando as salas. No final, perguntou em qual eu gostaria de ficar (imagino que tenha pensado que eu desejasse ficar com minha irmã na 4ª série). Muito decidida respondi que queria ficar com a Dona Gracinha porque ela tinha uma caixa cheia de carimbos.
Assim, fui acolhida ao mundo letrado. Dona Gracinha era professora da 2ª série (3º ano), mas seu amor por mim - e o meu por ela - foram fundamentais.
Por morar na zona rural, não ter vizinhos da minha idade, não ter luz elétrica em casa e minha irmã estar estudando na cidade, minha brincadeira preferida era a aulinha. Colocava todas as bonecas sentada nas cadeiras, passava o exercício na porta (que servia de quadro-negro), copiava o exercício em folhas para as bonecas, resolvia-os, com a preocupação de diferenciar as letras e respostas e depois, recolhia para corrigi-los com direito a estrelinha e batutinha. Sentia-me uma verdadeira professora! 

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