quarta-feira, 11 de abril de 2018

A vida como tem que ser...






Hoje foi um dia de dúbias emoções. 
Amanheci ainda impactada pela destruição que a Prefeitura fez na minha calçada ontem, quando passou o trator para nivelar o que chamamos de rua - que não tem nenhum tipo de pavimentação. Depois de um exaustivo dia de trabalho, cheguei em casa às 21 horas e, antes de entrar, vejo meu vizinho com uma enxada tentando ajeitar os pedaços de sua calçada para colocar o carro na garagem. Aí vou abrir o meu portão e me dou conta do estrago feito. Toda a rampa de acesso (construída por profissional qualificado, usando material de primeira) foi arrancada. A esquina da calçada avariada, o cano d`água da rua estourado (eles mesmos devem ter dado um jeito de acionar a CEDAE), lama para todo lado... A gente luta tanto para que a vida seja como tem que ser...
Então, saio para mais um dia inteiro de trabalho e quando retorno no fim da tarde, a tragédia foi pior... Atacaram as árvores da calçada. DECEPARAM. Porque não se pode chamar aquilo de poda. Que tristeza! Que desolação! Quero chorar, mas como estou com raiva, não consigo... Olho para as patas de vaca, carregadinhas de botões - e algumas flores se abrindo - e vejo a ação da maldade humana. Dói-me a alma. Ainda na calçada, faço fotos, fico indignada.
Subo as escadas... Sobre a cama uma escritura que ficou pronta hoje. A vida como tem que ser... Um  sopro de alegria, leveza. A sensação boa do dever cumprido. Da bênção. 
Faço meu protesto, continuo triste... Mas me lembro que durante o dia tive a alegria de ouvir Lucy Alves em versos tão alegres e lindos... Sentimentos dúbios...


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