A cor escarlate na floreira da calçada
Deveras não passará despercebida...
Uma mão atrevida
Ousa quebrar o cacho em flor
Talvez para ofertar a um amor
Talvez para guardar junto de si
- Ainda presa ao egoísmo do ter
Em antagonismo
Ao desprendimento de apenas olhar -
Como saber?
Por que não concluiu a ação
Deixando as florezinhas pendentes no ar?
Terá sido a reação de um espinho
A defender sua frágil e vulnerável rosa?
Por certo já é tarde para qualquer intervenção.
Cabe-nos aproveitar
A seiva que lhe resta
E colocar alegria
E um pouco de poesia
No café da tarde de sábado.
(A.Cretton)
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