sábado, 15 de junho de 2013

Pão-flor


Pequenas coisas podem nos fazer muito felizes...
Como Santo Antônio é padroeiro de Pádua e Miracema, todo ano as igrejas das respectivas cidades organizam uma quermesse. Em Pádua dura exatamente 13 dias. Já faz parte do calendário cultural da cidade e todos aguardam aquelas delícias oferecidas em diversas barracas. Mesmo os não-católicos lá comparecem para saborear o chocolate, o angu à baiana, a comida árabe e encontrar amigos. A praça é território ecumênico.
Em Miracema, a festa tem proporções menores, mas garante a mesma qualidade nos sabores oferecidos e, eu diria, com um toque a mais: o ar bucólico de uma verdadeira quermesse. Também aí a Praça das Mães acolhe a todos. O clima faz tudo parecer muito especial. Mas eu quero falar do pão-flor. Há muitos anos tenho frequentado a festa de Miracema; tenho felizes lembranças de marcar bingo com a Marina e o Renan (tão pequenininho...). A barraca dos bordados muito me atrai. Renan e Janaina preferem a de quinquilharias (made in China). 
No entanto, a estrela é o pão-flor; legítimo sabor caseiro, feito pelas mãos dedicadas das senhoras religiosas. Todo ano compramos um ou mais; acontece que do ano passado para cá eles estão sendo vendidos antes de chegar na barraca e, quando lá chegamos recebemos a triste notícia que já se foram... Talvez pela nossa cara de decepção, talvez por reconhecerem que vamos lá todo ano atrás do pãozinho, talvez pelo coração generoso das senhoras religiosas, o fato é que no dia seguinte tem um separado para Janaina. Que alegria! Parece uma coisa boba, mas só quem tem a alegria de saborear esse pãozinho, com um café bem quente, na fria manhã de Miracema, sabe que a felicidade não depende de grandes arranjos. Ela está no sabor, na tradição, na amizade, na comunhão. Que Deus possa abençoar as mãos generosas com muita saúde, para que tenhamos nosso tradicional pãozinho por muitos e muitos anos...

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