28.947 vidas em agosto |
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
Motivos para agradecer e ser feliz - a lista de agosto
Em Agosto, tive o prazer de conhecer o IG de Matthewwilliamson. Claro que me apaixonei pela explosão de cores, flores... tudo o que amamos. Então, trouxe essas lindezas para fechar o mês. Seguimos com pandemia... Mais do que nunca precisamos de arte.
sábado, 29 de agosto de 2020
Sobre ritos de passagem... (I)
Texto atribuído a D. Helder Câmara
Agora que a velhice começa, preciso aprender com o vinho a melhorar envelhecendo e, sobretudo, a escapar do perigo terrível de, envelhecendo, virar vinagre.
É tão importante saber envelhecer!
Saber descobrir o encanto de cada idade. Sem dúvida, há limitações que a velhice traz.
Mas feliz de quem envelhece como frutas que amadurecem sem travo…
Feliz de quem envelhece por fora, conservando-se em compreensão para com tudo e para com todos, caminhando, sempre mais no amor de Deus e no amor do próximo…
Quem conserva acesa a sua chama, quem mantém entusiasmo pelo que faz, quem sente razões para viver pode ter o rosto cheio de rugas e a cabeça toda branca, ainda assim é jovem!
Quem não entende a vida e não descobre a razão para viver e não vibra, não se empolga, pode ter vinte anos, mas já envelheceu.
Qualquer que seja sua idade, guarde estes pensamentos:
“O importante não é viver muito ou pouco, mas realizar na vida o plano para o qual Deus nos criou.
As rosas, a rigor, vivem um dia. Mas vivem plenamente porque realizam o destino de graça e de beleza que vêm trazer à Terra.”
Se sentirem que os anos passam e a mocidade se vai, peça a Deus, para si e para os que se tornam menos jovens, a graça, de envelhecendo, não azedar, não virar vinagre.
É tão importante saber envelhecer!
Saber descobrir o encanto de cada idade. Sem dúvida, há limitações que a velhice traz.
Mas feliz de quem envelhece como frutas que amadurecem sem travo…
Feliz de quem envelhece por fora, conservando-se em compreensão para com tudo e para com todos, caminhando, sempre mais no amor de Deus e no amor do próximo…
Quem conserva acesa a sua chama, quem mantém entusiasmo pelo que faz, quem sente razões para viver pode ter o rosto cheio de rugas e a cabeça toda branca, ainda assim é jovem!
Quem não entende a vida e não descobre a razão para viver e não vibra, não se empolga, pode ter vinte anos, mas já envelheceu.
Qualquer que seja sua idade, guarde estes pensamentos:
“O importante não é viver muito ou pouco, mas realizar na vida o plano para o qual Deus nos criou.
As rosas, a rigor, vivem um dia. Mas vivem plenamente porque realizam o destino de graça e de beleza que vêm trazer à Terra.”
Se sentirem que os anos passam e a mocidade se vai, peça a Deus, para si e para os que se tornam menos jovens, a graça, de envelhecendo, não azedar, não virar vinagre.
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Shabby Chic
ou sobre a arte de reaproveitar...
Em nossas andanças por Viçosa, encontramos em uma lixeira um lindo pé de mesa de madeira maciça... Imagine se passaríamos "batido" por essa preciosidade! Colocamos debaixo do braço, já pensando que seria uma lembrança daqueles 4 anos de estudos de Marina e Daniel na UFV.
De volta ao solar, tratamos de providenciar um tampo de vidro fumê - já que queríamos realçar o torneado da base. De fato, ficou muito bonita e foi levada a substituir o armarinho de Marina, que tinha sido levado para o apartamento de Viçosa.
O vidraceiro fez o furo central e Janaina, cuidadosamente, fez um rolinho discreto de durepox para colar o vidro na madeira. Funcionou perfeitamente... Até o dia em que Marina, de volta ao solar, resolveu colocar livros em uma pequena estante que foi fixada na parede, na direção da mesinha...
Obviamente o peso dos livros fez tudo desabar sobre o tampo de vidro e, mais uma vez, nos vimos com aquele pé torneado nas mãos.
Por coincidência, nesse mesmo período, um colega de trabalho - Augusto Lima - começou a postar em seu Instagram algumas fotos de restauração e arte que estava realizando em diversos objetos. Um trabalho, em especial, chamou-nos a atenção pelos detalhinhos floridos. Foi então que o "azar" encontrou a oportunidade de fazer-se arte e nós tivemos a sorte de restaurar essa lindeza. Um presente do amigo. O tampo de angelim pedra foi confeccionado pelo Palhinha, um artesão de nossa pequenina Miracema.
O resultado? Uma mesinha shabby chic que seguirá conosco...
Quem ama cuida... E quem cuida é feliz!
Quem ama cuida... E quem cuida é feliz!
domingo, 23 de agosto de 2020
Costura terapêutica
Eu e minha mãe costurando uma colcha de retalhos: meu presente de 50 anos! (Mamãe operou um tumor de mama há 51 dias. Curada) |
Texto de Elena Bernabè (publicado em sua página de Facebook em 09 de abril de 2020)
" Avó, o que posso fazer quando estou desesperada?”
" Costura, minha menina. À mão, devagar. Aproveitando cada onda criada com seus próprios dedos."
" Costurar afasta o desespero?"
" Não. Costurando, bordando você o decora. Olha para a cara dele. Enfrenta-o. Dá-lhe forma. Atravessa-o. E vai além."
" Realmente é tão poderoso costurar à mão?"
" Claro, querida. As pessoas já não costuram e por isso estão desesperadas. As costureiras sabem que com agulha e linha você pode enfrentar qualquer situação escura conseguindo criar obras-primas maravilhosas. Enquanto você move suas mãos é como se você movesse sua alma de forma criativa. Se você se deixar transportar pelo ritmo repetitivo do remendo e do bordado, você entra em um verdadeiro estado meditativo. Você consegue chegar a outros mundos. E o emaranhado de fios emocionais dentro de você se suaviza. Sem fazer mais nada."
" O que você aprende bordando?"
" A enfrentar cada ponto. Só isso. Sem pensar no próximo ponto. A gente se foca no ponto presente, em cada costura. É esse ponto que nos escapa na vida diária. Estamos desesperados porque sempre pensamos no futuro. E se pensamos assim o bordado se torna desarmônico, confuso, pouco curado."
" Sim, mas vó... as preocupações e medos como vencer com a costura?"
" Minha menina. Você não precisa vencer. Precisa acolher os medos, as preocupações. E compreendê-los. Costurando se tece o enredo da vida com suas mãos, é você que cria o vestido adequado para si mesma. Bordando você se conecta àquele fio fino que pertence a toda a humanidade e aos seus mistérios. Costurando você se transforma em uma aranha que tece sua teia contando silenciosamente ao mundo todos os segredos da vida. Entrelaçando os fios, entrelace seus pensamentos, suas emoções. E você se conectará ao divino que está em você e que segura o início do fio."
sábado, 22 de agosto de 2020
Entre o deleite e a reflexão
Muita reflexão!
ALBERT EINSTEIN - Meus últimos anos
I - CONVICÇÕES E CRENÇAS
AUTORRETRATO (1936)
Dificilmente temos consciência do que é significativo em nossa própria existência, e isso certamente não deve preocupar nosso vizinho.
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Que sabe um peixe sobre a água em que nada a vida inteira?
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O amargo e o doce vem de fora, o penoso vem de dentro, de nossos próprios esforços.
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Setas de ódio também foram disparadas contra mim; mas nunca me atingiram, porque de algum modo pertenciam a um outro mundo, com o qual não tenho nenhuma ligação.
DEZ ANOS FATÍDICOS (1939)
Terá o mundo mudado tão profundamente em dez anos, ou será que simplesmente envelheci dez anos e meus olhos veem tudo sob uma luz diferente, mais pálida?
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Porventura minha razão crítica é tão suscetível que a mudança fisiológica ocorrida em meu corpo nesses dez anos pode influenciar tão profundamente minha concepção de vida?
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Nestes dez anos, a confiança na estabilidade da sociedade humana, sim, até na própria base de sua existência, desapareceu em grande parte. Sentimos não só uma ameaça à herança cultural humana, mas também que se está conferindo um valor mais baixo a tudo aquilo que gostaríamos de ver defendido a qualquer custo.
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DECADÊNCIA MORAL (1937)
Tanto as Igrejas como as universidades - na medida em que cumpram sua verdadeira função - servem ao enobrecimento do indivíduo.
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Estou firmemente convencido de que o desejo apaixonado de justiça e verdade fez mais por aperfeiçoar a condição do homem do que a argúcia política calculista que, a longo prazo, só engendra a desconfiança geral. Alguém pode duvidar de que Moisés foi um líder da humanidade melhor que Maquiavel?
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Durante a guerra, alguém tentou convencer um grande cientista alemão de que a força preponderava sobre o direito na história do homem. "Não posso refutar a correção do que afirma", respondeu ele, "mas sei que não teria nenhum interesse em viver num mundo assim."
Possamos nós pensar, sentir e agir como esse homem, recusando-nos a aceitar uma transigência fatal.
Que sequer nos esquivemos da luta, quando ela for inevitável, para preservar o direito e a dignidade do homem. Se assim fizermos, logo estaremos de novo em condições de nos regozijar com a humanidade.
MENSAGEM PARA A POSTERIDADE (1938)
Nosso tempo é rico em mentes inventivas...
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Hoje cruzamos os mares usando energia e a utilizamos também para poupar a humanidade de todo trabalho muscular extenuante.
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No entanto, a produção e distribuição de bens está inteiramente desorganizada...
(...) Pessoas que vivem em diferentes países matam umas às outras a intervalos irregulares de tempo, de tal modo que, também por essa razão, todo aquele que pensa no futuro está condenado a viver no medo e terror. Isso acontece porque a inteligência e o caráter das massas são incomparavelmente inferiores à inteligência e ao caráter dos poucos que produzem algo de valioso para a comunidade.
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Tenho certeza de que a posteridade lerá estas afirmações com um sentimento de orgulhosa e justificada superioridade.
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
Coração é terra que ninguém vê...
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
(Do jardim de Cora Carolina)
* Ao meu querido avô Cininho, que hoje aniversaria. Onde estiver, receba minha lembrança e meu amor. E me ajude vô a construir a Colina dos Sonhos de Cininho.
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
sábado, 15 de agosto de 2020
30 anos no Magistério Público Estadual!
Hoje, 15 de agosto, completo meus 30 anos como professora do Estado. Já fiz um balanço (afinal, sou professora de Matemática) e cheguei à conclusão que mais de 2/3 desse período fui feliz... Muito feliz! E foram justamente os 23 anos do Barão de Teffé. Os dois primeiros anos foram de sofrimento nas estradas... Mas a juventude, ah! a juventude faz-nos tirar isso de "letra", como diria meu pai. Mas eu sofri... Porque já trabalhava na outra matrícula da Prefeitura e fazia faculdade à noite. Das 5 da manhã às 23 horas eu estava em movimento, sem parar. E ainda tinha aula aos sábados na faculdade até 15 h - no primeiro período -, e até 12 h, nos períodos seguintes... A UFF arrancou-nos o "couro" no início do curso em Pádua, mas nossa formação era completa: meu diploma habilita-me das séries iniciais do Fundamental até o Ensino Médio (embora eu já tivesse o curso de Formação de Professores). Para fechar a conta, os últimos 5 anos tem sido de espera do tempo passar... Eu gosto mesmo é de dar aula na sala de aula... No entanto, tanta coisa mudou nesses 30 anos! Fisicamente, na estrutura da escola, muito pouco. Financeiramente, até piorou (estamos desde julho de 2014 sem 1 real sequer de aumento). Mas mudaram as relações... Principalmente a falta de interesse das crianças, sobretudo dos jovens, em aprender. Matemática, então... Missão (quase) impossível! Para mim a escola deveria ser um local sagrado, um templo do saber. Deveríamos penetrar seu limiar com a postura de quem vai beber a água na fonte...
Também se aproximam meus 50 anos de idade e, enfim, espero aposentar-me do Estado. Faço as contas (novamente) e desde agosto de 1975 eu estou entre muros escolares. Há 45 anos meu universo é uma escola... Ano que vem quero retornar aos bancos escolares como aluna, em uma nova Graduação. Sinto necessidade de novas aquisições e nada melhor que o estudo para a bênção do recomeço.
Por ora, gratidão!
Tenho muita alegria e gratidão pelo caminho que construí ao longo desses 33 anos como professora (contando desde a Creche Vovô Henrique).
Também se aproximam meus 50 anos de idade e, enfim, espero aposentar-me do Estado. Faço as contas (novamente) e desde agosto de 1975 eu estou entre muros escolares. Há 45 anos meu universo é uma escola... Ano que vem quero retornar aos bancos escolares como aluna, em uma nova Graduação. Sinto necessidade de novas aquisições e nada melhor que o estudo para a bênção do recomeço.
Por ora, gratidão!
Tenho muita alegria e gratidão pelo caminho que construí ao longo desses 33 anos como professora (contando desde a Creche Vovô Henrique).
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Padre Fábio de Melo - Reflexão
"Para sobreviver à dureza do mundo é preciso polvilhar a alma com beleza e sensibilidade. É preciso cercar-se de pessoas que lhe façam bem, ouvir boa música, ler bons livros, enfraquecer os estímulos à superficialidade, fazer as pazes com o silêncio e a quietude.
Deus mora na rotina positiva. É através dela que Ele nos cura e nos protege.
Quem não se fizer esse favor, lamentavelmente será alma morta num corpo vivo."
"uma casa cheia de livros é como um jardim cheio de flores". |
A sombra de escorpião
Por Claudia Lisboa
Com toda a simbologia gritando em alto e bom som que tudo acaba, que não fica nadinha de nada, tudo é transitório, a morte está pousada em nosso ombro à espreita, e por aí vai, a conclusão que não quer calar é que o escorpiano é desapegado. Certo? Depende. Se ele se colocar ao lado da razão, então vai dizer que as coisas não tem valor, que não adianta ficar economizando porque a vida pode acabar logo ali, que ninguém leva para o túmulo as coisas materiais e assim por diante. Mas, se ele se colocar ao lado de sua sombra, aí a história é outra. É história que tem a ver com Touro, o signo oposto e ao mesmo tempo complementar de Escorpião. O apego é assunto que diz respeito ao bovino do zodíaco, que sabe muito bem como lidar com as coisas da materialidade. No caso do Escorpião, o apego é vivido como sombra, como medo, como fantasma que assola as profundezas de sua alma. Já que ele sabe que tudo um dia se desfaz como nuvem passageira, ou se afasta para não ter o gostinho de possuir o que vai irremediavelmente perder, ou entra numa "nóia" que só a nossa serpente astrológica é capaz de viver. O ciúme do escorpiano é visceral. É do tipo que quando desconfia é capaz de provocar tanto o outro, que acaba materializando o seu fantasma só para dizer: "eu não tinha razão?" E, claro, não de forma explícita, ele vai se vingar. Mas, afinal, se vingar de quem? No fundo, no fundo, ele acaba por se vingar dele mesmo. Acaba envenenado pelo próprio veneno. A sombra do apego também produz uma obstinação cega, daquelas teimosias insuportáveis. Viver tendo que aceitar os limites da matéria é coisa absolutamente insuportável para o nosso alquimista. Afinal, chumbo não pode virar ouro? Quando o escorpiano entra nessa parada, sua caverna secreta é iluminada e aí aparece toda a sua tendência destrutiva e acidez capaz de ferir quem quer que esteja na sua frente. Outro aspecto da sombra de Escorpião, que tem a ver com a falta do espírito preservador do Touro, é ser quase um masoquista quando se trata da intensidade como vive seus sentimentos.
"Sempre me considerei uma pessoa muito, muito, muito sensível. Mesmo. Nem sempre de uma forma boa, daquela sensibilidade que atrai intuições e percepções. Muitas vezes excessiva, concordo. Vou além do que determinada situação de fato representa. E um dia ouvindo minhas amigas falarem sobre as minhas "nóias", uma disse: 'sabe o que parece? Que você gosta de sofrer, só pra depois quando passar você sentir o prazer dessa transformação emocional'. Me faltaram palavras, já que eu acabara de ser desconstruída. De fato, o relaxamento proporcionado pela luz que vem depois da visita às minhas belas sombras não tem preço." É como Julie Marie descreve sua relação com a luz e a sombra de ser uma escorpiana.
Minha querida Julie, iluminadas suas sombras, ou seja, tomando consciência do valor que é preservar o que tem nas mãos, a alma de Escorpião relaxa e se transforma em entrega e brandura. É assim que suas energias se equilibram e seu poder passa a ser exercido construtivamente. Nunca esqueci as palavras de Dona Emy se referindo à má fama dos escorpianos: "não me falem mal dos Escorpiões. Se algum Escorpião te fere, sê consciente de que ele quer despertar em ti o que não querias despertar ou não eras capaz de ver. Agradeces a ele como agradeces a um cirurgião que te corta, mas te cura."
Mas vocês, Escorpiões, inspirem-se no signo oposto, Touro, e não esqueçam de dar anestesia, pois a dor do despertar pode ser suavizada com a tua doçura.
Imagem de @individuar (Instagram) |
domingo, 9 de agosto de 2020
sábado, 8 de agosto de 2020
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Um vídeo especial
Dr. Beraldo faz 80 anos neste próximo dia 08/08. Minha querida Lydia Maria pediu-nos um vídeo curto para passar durante a comemoração. Aproveitei os passarinhos reunidos no niver de Dandan e, embora eu não goste de gravar vídeos, ousei fazer uma aparição. Vou guardar nas Dobras porque no futuro talvez alguém goste de relembrar e ouvir a minha voz.
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Tonton faz 22!
E a pandemia nos reuniu...
E pudemos comemorar juntos!
Os planos seriam conhecer a terra da garoa e visitá-lo no seu niver. Mas, a vida também tem planos para nós e foi bom estarmos todos juntos aqui. Nunca se sabe quando será a última vez... Karina veio e ficou uma semana conosco. Tudo vale a pena se a alma não é pequena, bem disse o poeta favorito.
terça-feira, 4 de agosto de 2020
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Para dias difíceis...
Minha prima Eleonora Cretton me marcou no facebook nesse vídeo. E ele trouxe tanta alegria e rendeu boas risadas a tanta gente, que resolvi trazê-lo para minhas dobras do tempo. Peço licença a Moxi&Sass e agradeço por nos proporcionar momentos tão felizes!
domingo, 2 de agosto de 2020
Sempre passa...
De Guimarães Rosa
Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa a passar, mas sempre passa. E você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria. Cada um tem a sua hora e a sua vez: você ainda há de ter a sua.
sábado, 1 de agosto de 2020
Bem-vindo, agosto!
Por ANDRÉ J. GOMES
Repare. Em algum lugar, de alguma sorte, alguém está fazendo uma coisa boa por nós. Talvez você nem note. Mas tem alguém compensando nossa truculência, atenuando a dureza do mundo, nivelando a vida por cima. Tem alguém levando à frente a compaixão divina num gesto de bondade simples, à toa. Alguém de coração disposto e mãos ativas. Tem, sim. Em algum lugar por aí, tem alguém pensando em você com ternura.
De repente, vem um sentimento breve de calma. Um silêncio bom entre tanto grito, um remanso imprevisto no corre-corre, estio na tempestade, trégua na guerra. Sensação inesperada e inexplicável de que tudo vai dar certo. Não é nada, não. É só alguém, em algum canto, fazendo algo bonito por nós.
A avó que recorda com grande saudade quando éramos pequenos. Os pais que falam de nós com carinho até aos desconhecidos. Os velhos professores que nos comparam em silêncio a seus alunos de hoje, quase dizendo “ahh… como fulano era bom” ou “no tempo do sicrano era outra coisa”.
O amigo distante que assiste a um filme antigo e nos relembra em dolorida mudez, machucado de lembranças do tempo em que éramos novos e próximos, um sorriso imenso nos olhos de choro. As almas boas que nos bendizem pelas costas. As criaturas justas que nos dão sua palavra e cumprem o que prometem, os cães e os gatos que nos oferecem a barriga em festa. Aquela gente que nos ama sem mais o quê.
Quando alguém nos faz uma coisa bela, o mundo entra nos eixos. Temos todos o direito a receber afagos e o dever de redistribuí-los. De atravessar o mundo partilhando beleza e ofertando decência até chegar enfim aos braços que nos cabem e ao abraço em que cabemos.
A beleza é a matéria-prima de todo ofício honesto. É o que nos resta e o que nos sobra. Às cantoras e aos cantores, às atrizes e aos atores e artistas de todo gênero, alguém no escuro da plateia dispara seu aplauso comovido de fé e alegria sem ser visto, e comprova o quanto é bonito retribuir a quem nos dá seja lá o quê.
Aos operários e aos médicos, guardas noturnos e secretárias, pintores e cozinheiras, juízes e manobristas, marceneiros e esportistas e a toda gente sob o céu há de existir gratidão e conforto antes, durante e depois da lida.
Há de haver beleza em cada “obrigado”, “por favor”, “pois não” e outras gentilezas essenciais esperando quem os diga.
E quem os diz é alguém fazendo algo bonito pela mera volúpia bondosa de nos abrir os braços. Nos pontos de ônibus, no trânsito parado, nas salas de espera ou na solidão do quarto escuro, aguardamos todos quem nos faça uma coisa bela. E assim, na espera, compreendemos enfim nossa responsabilidade de fazer e espalhar beleza, nosso mais poderoso e sublime ofício nessa vida.
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