Penso que meu blog deve transmitir um alento, um brilho nos olhos de quem, porventura, venha visitá-lo. Quando estou inspirada, escrevo. Quando a inspiração raleia, vou colocando imagens. Tudo com muito significado. Com muito carinho e respeito. Por mim mesma, pela vida, pelos familiares e amigos. Recentemente escrevi um texto, mas por enquanto não posso publicá-lo aqui. Estou inscrita no Concurso Brasil em Prosa e minha produção deve ser inédita e exclusiva até o resultado final, previsto para setembro. É possível encontrá-lo na Amazon.com, sendo vendido por R$ 3,13. Seu título é Laços e Laranjas e posso dar uma pequena descrição do "produto": a sensibilidade e a praticidade subentendida em dois atos: fazer laços de dobradura e descascar laranjas. Dois avôs e uma neta. Impressões tão distintas. Um amor tão semelhante.
Essa semana debrucei-me a escrever a história de Gato de Fora. Ainda está no comecinho, mas me atrevi ler cinco parágrafos para uma amiga e quando parei (porque foi só até aí mesmo que escrevi) ela protestou: "não, continua, quero ouvir mais..." Para quem está engatinhando no caminho das letras, foi bom ouvir um interesse espontâneo e sincero.
Estou testando minha escrita, buscando uma identidade, algo que realmente me identifique; a matemática tem me ajudado bastante. Mantenho meu livro de memórias material. É um caderno, onde vou anotando o cotidiano. Às vezes o blog e o livro de memórias se tangenciam, outras vezes há uma intersecção de registros. No mais, vão seguindo suas vidas paralelas... O livro é mais condescendente comigo, pois permite erros, rabiscos, lágrimas. O blog é mais exigente, perfeccionista; com ele sou obrigada a aprender, buscar...
Hoje peguei o livro para escrever - um caderno de 200 folhas - e pude folhear o tempo em minhas mãos. Quanta produção! Pudera... estamos em agosto e há de termos ultrapassado umas 100 folhas, que se preenchem das letras que se deitam em cada linha, registrando os dias e costurando nossas vivências. Sim, são duas ações distintas e complementares: registrar e costurar.
À primeira leitura, imediata, deparamo-nos com o registro do cotidiano: acontecimentos e fatos, entremeados com medos, sonhos, angústias, esperanças, conquistas, frustrações, reflexões. Humanidades... Registros do passar do tempo.
Acontece que esse passar do tempo traz consigo implicações, causas e efeitos. Então, numa releitura podemos enxergar um fio que vai costurando e unindo nossos dias em torno de um eixo, nosso "destino", talvez... Só sei que não ficamos soltos. Sonhamos aqui, concretizamos acolá. Temos medo agora, coragem mais adiante. Rogamos e a porta se abre. Oramos e nossa prece se converte em compromisso e realização. Sempre um elo. Nunca uma peça solta na engrenagem.
Isso deve ser o que chamamos VIDA.
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