Ontem escrevi sobre um registro encontrado em folhas soltas, descobertas aqui ou acolá, dentro de um caderno, uma bolsa, às vezes dobradinhas em origami.
Encontrei outro. Releio com atenção e, apesar da trivialidade, vale deixá-lo registrado nas dobras do tempo.
Se eu fizer um balanço de 2013, poderei destacar quais pontos positivos?
Relendo as listinhas mensais que faço com os motivos para agradecer e ser feliz, vou encontrar muitas coisas, mas quero pensar em ações que realmente fizeram diferença na minha vida, de minha família e da sociedade.
Não, não fiz dieta nem caminhada nem academia. Ponto negativo para mim.
Não, não economizei para alugar uma casa de veraneio. Ponto negativo para a família.
Não, não me enfronhei em nenhum movimento ou ação social. Ponto negativo para a sociedade.
Melhor dar uma "pause" no balanço senão ficarei deprimida.
A vida é tão complexa que até para fazer o arroz-com-feijão bem feito, somos consumidos à exaustão. É preciso a mudança de hábito, que sustentado por uma disciplina ferrenha, vai incorporando-se ao dia a dia e renovando nossas atitudes. É preciso a atitude corajosa do 1º passo.
Preciso consultar-me com uma nutricionista, matricular-me nas aulas de pilates ou separar religiosamente uma hora do meu dia para uma caminhada.
Preciso separar o meu dízimo pessoal e depositar para a casa de praia ou montanha.
Preciso me colocar à disposição para os serviços sociais...
Preciso, preciso, preciso.
É por isso que acredito em reencarnação. Às vezes sentimos necessidade de trocar de pele, trocar de corpo, trocar de vida, na mesma vida. Começar de novo...
E a vida, generosa, sublime e santa nos permite estagiar em diferentes experiências. Aqui, de passagem... Além, em nosso verdadeiro habitat.... Mas sempre aprendendo, errando, caindo, acertando... Porque o nosso compromisso é com a felicidade. E, rememorando uma reflexão linda de ontem: "quando há o aprendizado, o sofrimento termina". Se não sofro mais com essa situação é porque já extraí a lição.
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