DEUS, CRISTO E CARIDADE.
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (Humberto
de Campos/Chico Xavier)
* A primeira edição desta obra foi publicada em
1938.
 |
| Foto do wikipédia |
*Possui 30 capítulos.
IRMÃO X
Obras psicografadas do mesmo Espírito:
• Crônicas
de Além-Túmulo
• Boa
Nova
• Novas
Mensagens
• Reportagens
de Além-Túmulo
´ Nosso
objetivo, trazendo alguns apontamentos à história espiritual do Brasil, foi tão-somente
encarecer a excelência da sua missão no planeta, demonstrando, simultaneamente,
que cada nação, como cada indivíduo, tem sua tarefa a desempenhar no concerto
dos povos.
´ O
maior problema é o da educação nacional, para que os filhos das outras terras,
necessários e indispensáveis ao progresso econômico da nação, não se sintam
dispostos a reviver, no Brasil, as taras de suas antigas organizações e sim,
absorvidos no círculo espiritual do país do Evangelho, possam integrar as suas
fileiras de fraternidade e evolução. (Humberto de Campos)
Prefácio de Emmanuel
O Brasil terá a sua expressão
imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem
as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos da atividade
humana com uma nova luz.
Peçamos a Deus que inspire os
homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, e que, nesta hora
amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio
das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus
precípuos deveres. E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe,
sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material.
Capítulo I: O
coração do mundo
´ Séc.
XIV – Jesus visita a Terra
´ Helil
(pág. 25 Nota da Editora: Hilel)
´ A
escolha do Brasil: “Helil – pergunta ele – onde fica, nestas terras novas, o
recanto planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção
humana?” (Jesus)
Capítulo II: A Pátria do Evangelho
Helil, afasta essas preocupações
e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu
Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções
políticas terão nela atividade secundária, porque, acima de todas as coisas, em
seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal,
unindo todos os povos. (Jesus)
E foi assim que o minúsculo
Portugal, através de três longos séculos, embora preocupado com as fabulosas
riquezas das Índias, pode conservar, contra flamengos e ingleses, franceses e
espanhóis, a unidade territorial de uma pátria com oito milhões e meio de
quilômetros quadrados e com oito mil quilômetros de costa marítima. Nunca houve
exemplo como esse em toda a história do mundo. As possessões espanholas se
fragmentaram, formando cerca de vinte repúblicas diversas. Os Estados
americanos do norte devem sua posição territorial às anexações e às lutas de
conquista. A Louisiana, o Novo México, o Alasca, a Califórnia, o Texas, o
Oregon surgiram depois da emancipação das colônias inglesas. Só o Brasil
conseguiu manter-se uno e indivisível, entre os embates políticos de todos os
tempos. É que a mão do Senhor se alça sobre a sua longa extensão e sobre as
suas prodigiosas riquezas. O coração geográfico o orbe não se podia
fracionar. (Humberto de Campos)
Capítulo III: Os degredados (*pág.38 e 39)
Uma alegria paradisíaca reinava
em todas as almas que comemoravam o advento da Pátria do Evangelho, quando se
fez presente, na assembleia, a figura misericordiosa do Cordeiro.
Ismael, manda meu coração que
doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do
Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado de minha seara, como
a recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações de Nosso Pai. (...)
Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema de tua
coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te
sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres (...) Jesus
Ismael recebe o lábaro bendito
das mãos compassivas do Senhor, banhado em lágrimas de reconhecimento e, como
se entrara em ação o impulso secreto de sua vontade, eis que a nívea bandeira
tem uma insígnia. Na sua branca substância, uma tinta celeste inscrevera o lema
imortal: Deus, Cristo e Caridade. (Humberto de Campos)
Capítulo V: Os escravos
´ Ismael
procura Jesus (negros indefesos da Luanda, da Guiné e de Angola). Pág. 50
´ Havia
eu determinado que a Terra do Cruzeiro se povoasse de raças humildes do
planeta, buscando-se a colaboração dos povos sofredores das regiões africanas;
todavia para que essa cooperação fosse efetivada sem o atrito das armas,
aproximei Portugal daquelas raças, sem violência de qualquer natureza. O
homem branco da Europa, entretanto, está prejudicado por uma educação
espiritual deficiente. (...) Eles terão a liberdade de humilhar os seus irmãos,
em face da grande lei do arbítrio independente, embora limitado*, instituído
por Deus para reger a vida de todas as criaturas, dentro dos sagrados
imperativos da responsabilidade individual. (...)
´ *
Mensagem “Estejamos atentos” Emmanuel
“… Se o Senhor quiser, e se
vivermos, faremos isto ou aquilo.” — (TIAGO, 4.15)
Age para o bem, sabendo que
apenas o bem guarda força bastante para o sustento da paz.
Além disso, se o conhecimento
superior já te clareia o espírito, não desconheces que todas as nossas
realizações estão subordinadas à Divina Supervisão.
A criatura humana dispõe de livre
arbítrio para criar o destino, porém, cada individualidade, nesse ou naquele
plano de existência, atua num campo determinado de tempo.
Tiranos e santos, malfeitores e
heróis atingem sempre um limite da estrada em que o Mundo Maior lhes impõe a
pausa de exame.
Todas as grandes figuras de ontem
e todas as grandes personalidades, na Terra de hoje, conheceram e conhecerão o
momento em que a vida lhes adverte: “não mais além.”
Forma, pois, os teus planos de
ação, usa a inteligência, maneja a autoridade, cunha as palavras, mobiliza as
relações, aproveita os laços afetivos, aplica o dinheiro, desenvolve o trabalho
e assinala a tua presença, onde estiveres, atendendo ao bem para o bem de
todos, porquanto, creiamos ou não, aceitemos a verdade ou recusemo-la, seja
errando para aprender ou acertando para elevar, a nossa tarefa chegará
simplesmente até o ponto que o Senhor permitir.
Capítulo VII: Os negros no Brasil
A esse tempo, a terra do
Evangelho não é mais conhecida pelo nome suave de Santa Cruz. À força das
expressões comuns, dos negociantes que vinham buscar as suas fartas provisões
de pau-brasil, seu nome se prende agora ao privilégio de suas madeiras. Os
missionários da colônia protestaram contra a inovação adotada; mas, as falanges
do Infinito sancionaram a novidade imposta pelo espírito geral, considerando as
terríveis crueldades cometidas na Baía de Guanabara, em nome do mais caricioso
dos símbolos. A sanção de Ismael à escolha da nova expressão objetivava
resguardar a pátria do Cruzeiro dos perigos da Inquisição, que na Europa
fomentava os mais hediondos movimentos em nome do Senhor.
(Humberto de Campos)
Págs. 66; 68; 70
Importa destacar:
´ Príncipe
de Nassau (general holandês), Pernambuco, 1637
´ (Págs.
77; 78; 79)
´ Padre
Antônio Vieira (págs 86; 87)
´ Fernão
Dias (bandeirante), séc XVII; esmeraldas; (págs. 92 e 93)
´ Marques
de Pombal e os jesuítas (págs 110 a 115)
Irmãos, muitas vezes os próprios
espíritos que escolhemos para determinados labores terrestres não resistem à
sedução do dinheiro e da autoridade. (...) Por mais que operem dentro das suas
possibilidades no plano físico, a vitória pertencerá sempre a Jesus. (Ismael)
´ Tiradentes
(pág. 122)
´ Napoleão
Bonaparte e a Revolução Francesa (págs. 126 e 127 e 142*)
´ (D.
João VI chega ao Brasil em 1808)
´ D.
João VI no Brasil (págs. 136 e 137)
´ Arquiduquesa
Leopoldina da Áustria (pág. 143)
´ Príncipe
regente D. Pedro I
Pedro, se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para
ti, que me respeitarás, do que para algum desses aventureiros. (D. João VI)
´ Tiradentes
procura Ismael (pág. 149 e 150)
Capítulo XIX: A independência
Aquele povo já possuía a
consciência da sua maioridade e nunca mais suportaria o retrocesso à vida
colonial, integrado que se achava no patrimônio das suas conquistas e das suas
liberdades. (Humberto de Campos). Pág. 155
Ismael acode ao apelo das mães
desveladas e sofredoras e, com o seu coração angélico e santificado, penetra as
fortificações de Jorge de Avilez e lhe faz sentir o caráter odioso das suas
ameaças à população. (Humberto de Campos)
Capítulo XX: D. Pedro II
* (é o capítulo mais bonito)
Jesus procura Longinus: Bem sabes
que os povos têm a maioridade, como os indivíduos... (...) Sente-se o teu
coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão na Pátria do
Evangelho? (...) Serás imperador do Brasil, até que ele atinja a sua perfeita
maioridade, como nação. (Jesus)
Págs. 164 e 165.
Importa destacar:
´ 07
de abril de 1831 D. Pedro I abdica para D. Pedro de Alcantara, então com 5
anos.
´ José
Bonifácio é o tutor por 10 anos.
´ Bezerra
de Menezes (Ceará, 1831) e a Federação Espírita Brasileira; século XIX; advento
do Consolador Prometido.
A civilização armada terá de
perecer, para que os homens se amem como irmãos. Concentremos, agora, os nossos
esforços na terra do Evangelho, para que possamos plantar no coração de seus
filhos as sementes benditas que, mais tarde, frutificarão no solo abençoado do
Cruzeiro (Ismael).
´ Precursores
de Bezerra de Menezes: Bento Mure e Vicente Martins (1840); Marques de Olinda; Visconde
de Uberaba; (1869 – primeiro periódico espírita brasileiro “O Eco de
Além-Túmulo); pág. 184;
´ Precursores
de Bezerra de Menezes: Bittencourt Sampaio; Antônio Sayão; Elias da Silva.
A esse tempo, os emissários do
Alto prescrevem categoricamente aos seus camaradas do mundo tangível: - Chamem
agora Bezerra de Menezes ao seu apostolado! (pág. 186) – Humberto de Campos
´ Jesus
e D. Pedro II sobre a guerra do Paraguai.
´ O
movimento abolicionista. Jesus e Ismael.
Ismael, o sonho da liberdade de
todos os cativos deverá concretizar-se agora, sem perda de tempo. Prepararás
todos os corações, a fim de que as nuvens sanguinolentas não manchem o solo
abençoado da região do Cruzeiro. (Jesus)
´ Em
1887 a estatística oficial acusava 720.000 escravos em todo o país.
Capítulo XXVII: A república
´ A
república era considerada pela comunidade brasileira como fórmula de governo
compatível com a evolução do país e com a posição cultural de seu povo.
(Humberto de Campos)
´ Jesus
e as falanges de Ismael:
Irmãos, a Pátria do evangelho
atinge agora sua maioridade coletiva (...) Consolidareis o templo de Ismael,
para que do seu núcleo possam expandir-se, por toda a extensão territorial da
pátria brasileira, as claridades consoladoras da minha doutrina de redenção, de
piedade e misericórdia (...) cujo único objetivo é a reforma de cada um, sem o
recurso à indisciplina perante as leis instituídas no mundo e sem o auxílio das
armas homicidas (...) A proclamação da República há de fazer-se sem
derramamento de sangue. (Jesus)
´ Págs.
214 e 215
Importa destacar:
´ Código
Penal incluíra o Espiritismo nos seus textos;
Ismael, na Pátria dos meus
ensinamentos, o Espiritismo será o Cristianismo redivivo na sua primitiva
pureza (...) A caridade valerá mais que todas as ciências e filosofias (...) - Jesus
´ 1893
Bezerra paralisa seus escritos (pág. 221)
Podem as inquietações da Terra
separar, muitas vezes, os trabalhadores humanos, mas a sociedade onde se ergue
a flâmula “Deus, Cristo e Caridade” permanece no seu porto de paz e
esclarecimento. As forças das sombras alimentam, muitas vezes o personalismo e
a vaidade dos homens, mas a direção suprema do trabalho do Evangelho se
processa no Alto e a Federação Espírita Brasileira está sempre segura, cultivando os mais belos
frutos na seara de Jesus, consciente da sua elevada responsabilidade e da sua
elevada missão. (Humberto de Campos)
