quinta-feira, 30 de abril de 2020

Motivos para agradecer e ser feliz - a lista de abril.

Neste último dia de abril recebi a seguinte mensagem, infelizmente sem a autoria identificada.

Quase findando Abril.
Um ABRIL, que não abriu....
Um ABRIL que tudo fechou... portas, comércios, estradas, fronteiras, economia, o esporte. 
Um ABRIL em que a natureza se abriu aliviada ...
Um ABRIL que se diferenciou...
Um ABRIL, que estremecemos, e em seguida, decepcionamos com ídolos criados...
Um ABRIL que abriu as portas da ganância pelo poder em detrimento da necessidade do povo. 
Um ABRIL em que lives se abriram para o show ser em sua casa...
Um ABRIL em que a igreja não abriu, mas incontáveis igrejas se abriram em casa - que se tornaram verdadeiramente um lar.
Um ABRIL em que a escola não abriu, e os pais puderam conhecer seus filhos - e filhos resgataram os pais. 
Um ABRIL em que os mais velhos se fecharam em casa, mas tiveram oportunidade de contar histórias pelo celular...
Um ABRIL que se pensarmos ...
ABRIU as portas... escancarou escandalosamente as portas do coração, da solidariedade, da caridade, da paciência, da resiliência, da oração e da Fé 
Um ABRIL que abriu nossa alma e a coloriu de uma única certeza... A certeza da incerteza.
Que tudo... passa...
Menos o que verdadeiramente somos.. Que nossa essência é... SER HUMANO. 
Então...
caminhemos...

E eu complemento: um abril em que o presidente diz "E daí?" para os 5.901 óbitos registrados hoje, para os 85.380 casos confirmados de Coronavírus, com 6,9% de taxa de letalidade... Lembra em março? Vai lá na listinha do dia 31 confirmar: 201 óbitos, 5.717 casos, 3,5% de letalidade. A diferença, embora eu seja professora de Matemática, vou deixar em aberto... Quem desejar fazer as contas, vai ter a oportunidade de refletir sobre elas, enquanto faz as operações e porcentagens.
E eu complemento: alguns dias de abril foram muuuito difíceis. Foi preciso muita oração, muito esforço para manter os eixos do equilíbrio, da sanidade, da esperança... Vamos aos suportes que nos fizeram chegar neste dia 30 com motivos para agradecer e ser feliz:
  • Os gatinhos abandonados no Sayonara foram todos adotados. Começamos nosso 1° de abril  (e não é mentira rsrsrsrs) com muita chuva e levando os gatinhos para adoção.
  • Os dois irmãozinhos do quintal da D. Elza também foram adotados. Foram fazer a alegria no lar da Andréa e Hélio.
  • A mãezinha foi castrada e está de volta ao quintal. Enquanto for bicha arisca, não pode ser colocada em adoção. Isso trouxe paz e felicidade para Janaina.
  • A estante padaria, nossa cristaleira, ganhou rodinhas.
  • Na tarde chuvosa de 8 de abril fiz um arroz doce tão quentinho que aqueceu até a alma dos entregadores dos pisos...
  • Lentes e óculos renovados. Enfim!
  • Páscoa!
  • No dia 20 começamos a obra 2020. Dessa vez, o Zé vem somente aos sábados. Calha, barras e pisos na varanda e no quintal. É aos poucos que a vida se cumpre.
  • Mamãe fez pijamas novos. Lindos demais!
  • Abril também teve renovação de votos com Waldyr e Lucinha. Por conta do Corona não tivemos o café no Lounge, mas entregamos o bolinho com o café no portão. A vida é melhor com amigos!
  • As cores (e flores) de abril não quiseram saber de dor e continuaram desabrochando lindamente no solar! 
  • Jamil veio lavar as grades, portão e telhadinho.  Manutenção sempre!
  • Novos bebês no ninho. A congéa já virou uma "fábrica" de rolinhas.
  • Enfim, para provar que o tempo é o pai da paciência, o álbum de formatura do Daniel, na Epcar, finalmente chegou! Um luxo! Um presente mui especial.
  • E juntinho com o álbum, Dani aterrissou no solar. Veio cumprir o restante da quarentena. Marina segue firme na segurança da Bia e Mariana e Renan segue firme em cavar novas aventuras... Como gosta de viver esse menino!
  • Assistimos muitas palestras do Hélio Tinoco. Leituras diárias... 
  • Ainda teve bolo da Zete, com direito à manteiga caseira, doce de mamão, doce de goiaba... 
  • Ah, e deu tempo de fazer as luzes no cabelo. Vantagens de se ter uma cabeleireira que atende em seu domicílio. Com direito a conhecer "Seu" Armando e ganhar muitas mudas de flores.
  • Porque ainda não vencemos o consumismo (mas estamos quase!) ganhamos um casaco maravilhoso e compramos 2 capas de travesseiro da Pip (porque ninguém é de ferro... e, nessa quarentena, as lojas estão abusando nas promoções).
  • Daniel mandou um celular novo para a mãe querida... Porque o outro, coitadinho, já estava pedindo socorro!
  • E a vida segue... Com saúde, amor em família, muita esperança de que tudo está sob os domínios do Pai. "Isso também vai passar".
QUE ABRAM-SE AS PORTAS DE MAIO... assim termina a mensagem acima!







segunda-feira, 27 de abril de 2020

Dobras do Tempo completa 7 anos!

Há 07 anos decidi criar um diário virtual para registro do tempo e da memória. Como a persistência é uma característica particular, eis-me aqui firme no propósito inicial. Pode não ser muito, mas para mim basta. Não escrevo tanto quanto gostaria... Falta-me o ócio criativo. Faço tantas coisas ao mesmo tempo... E, por isso mesmo, felicito-me com o pouco que produzo. Aparo arestas, cuido do blog como se fosse um jardim. Talvez eu possa vir a renomeá-lo. Quem sabe Jardim do Tempo? Por ora, posso dizer que "essa criança" está alfabetizada.
Maria, de MariaCininha
... porque eu amo gérberas!


quinta-feira, 23 de abril de 2020

Às vezes nosso milagre está em preparação.

Emmanuel nos diz que se a bondade divina ainda não alcançou nosso pedido, está a caminho. E, mediante uma história ocorrida comigo e minha família, entendi perfeitamente que, às vezes, se o nosso "milagre" ainda não ocorreu, está sendo preparado.
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O dia 17 de março de 2017 foi uma sexta-feira. Acordei com minha irmã me telefonando para avisar que nossa avó tinha falecido, pouco antes das 6 horas da manhã. Já prevíamos tal situação porque ela estava internada na UTI há 17 dias... Levantei-me e fui cumprir, mais uma vez, a missão de avisar à mamãe e buscá-la para o velório. Antes das 8 horas eu já estava no sítio e, quando ela me viu - pela hora, pela roupa que eu vestia - ela me disse: "veio me buscar mais uma vez, não é minha filha?", referindo-se ao fato de ter sido eu a mensageira do falecimento de seu irmão, meu tio Paulo, dois anos antes, no amanhecer de uma 2ª feira, dia seguinte ao Dia das Mães de 2015.
Ela chorou... Disse que durante a madrugada havia acordado e chorado muito... E que já sabia que a qualquer momento, eu chegaria para buscá-la.
Sua roupa já estava separada... Vestiu o luto e seguimos para a capela mortuária. Fomos as primeiras a chegar, no exato instante em que o serviço funerário estacionava o carro defronte aos portões. Subimos juntos. Ela pode ver sua mãezinha sozinha. A filha mais velha pode chorar e se despedir da tão amada mãe (porque até hoje não conheci nenhuma outra pessoa nesse mundo que amasse tanto uma mãe, quanto Maria Martha - minha mãe, amou sua mãe - minha avó Maria José).
Ali ficamos o dia todo. O enterro estava marcado para 17 horas. No entanto, com a chegada dos filhos e outros parentes, com os rituais promovidos pelas filhas, netas e bisnetas, o corpo só foi conduzido ao sepulcro às 18 horas. O sino da igreja badalava no centro da cidade, mas pelo estranho silêncio daquele momento, conseguíamos ouvi-lo nessa despedida, e um cheiro de chá de capim cidreira vinha pelo ar... provavelmente de alguma casa da vizinhança. Fato que foi percebido e comentado por mim e minha tia Mariza. Uma vida que se cumpriu entregava o corpo de volta à terra e a alma retornava,  após 92 anos, aos espaços siderais.
Depois que tudo terminou, já era noite. Eu e Janaina fomos levar mamãe de volta ao sítio. No caminho, mamãe manifestou certa preocupação com seu irmão, meu tio Sebastião, que estava às voltas com exames e possível diagnóstico de câncer. Achou-o magro, pálido. Quando parei o carro, antes que descesse, pediu-me, com seu jeito materno de pedir - quase pedindo desculpas também - que eu pagasse o SAF para o meu tio (SAF é um plano de assistência funerária). Seu coração amoroso estava preocupado se o irmão teria assistência na hora da despedida. Mamãe também tem um amor imensurável por esse irmão. 
No dia seguinte, sábado, tratei de atender-lhe ao pedido e no dia 19, domingo, já cheguei no sítio com o cartão dele na mão, avisando-a que ficasse tranquila... e que, pela carência do plano, ele teria que ficar quietinho por aqui até agosto... "Você é terrível, minha filha", ela sempre fala quando acha que eu a escandalizo com minhas colocações. Isso ficou entre mim e ela, por um bom tempo. Lembro-me de ter sugerido que não comentasse nada com ninguém porque poderia haver interpretações desencontradas. E, todo o cuidado, todo o amor e zelo de minha mãe, para com seu irmão, poderia passar (às mentes descuidadas) como um agouro; enfim, interpretações equivocadas de corações invigilantes. 
Depois de algum tempo comunicamos à minha irmã e quando a doença demonstrava que venceria a batalha, participamos também com a tia Vera, sua irmã que mora na cidade mais próxima. Os meses seguiram, até que em janeiro de 2018 o quadro piorou e ele foi para a internação. No amanhecer do dia 14 de janeiro, fez sua passagem. 
Agora, o "milagre".
Sua companheira confidenciou à minha mãe, durante o velório, que antes de entrar para a UTI ele havia lhe pedido que gostaria de ser sepultado junto de seu pai e irmão e que, naquele momento, ela ficara apreensiva quanto a prometer que assim seria, porque o translado de um funeral da cidade do Rio de Janeiro para Santo Antônio de Pádua não sairia por menos de 7 mil reais. Sem saber como agir, ela recolheu-se em suas orações e pediu a Deus uma direção naquele momento difícil. 
Tão logo chegou a notícia do desenlace, minha irmã acionou nossa prima e seu marido para que fizessem os contatos com o SAF e providenciassem o translado do corpo. O cartão já estava de posse de nossa tia Vera, justamente por ser a irmã que morava na cidade e, de fato, foi a primeira a ser notificada. Só ali, naquele momento, os demais parentes ficaram sabendo que havia uma preparação, e ele viria para junto dos seus...
Ao me abraçar, sua esposa disse: "atordoada com a notícia, não sabia por onde começar a agir. Liguei para sua tia para avisar... Instantes depois, recebi a ligação do Luís perguntando o endereço para onde deveria direcionar o carro funerário para buscar o corpo. Senti-me estremecer... As pernas fraquejaram e mesmo sem entender direito, sei que Deus tinha ouvido e atendido minhas preces."
Ela não havia prometido a meu tio que ele seria sepultado em solo natal, mas, de algum modo, para ela, Deus havia operado o milagre. 
O amor de minha mãe e minha obediência à ela foram os ingredientes necessários para que o milagre acontecesse para a companheira de meu tio. "Deus visita a criatura pela própria criatura". Não escrevo isso para destacar feitos, mas, como forma de reflexão e também de dizer, hoje, para minha filha, que a bondade de Deus nunca falha e, se ainda não chegou, está a caminho. 

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Reflexão para dias difíceis

Minha avó uma vez me deu uma dica:
Em tempos difíceis, você avança em pequenos passos.
Faça o que você tem que fazer, mas pouco a pouco.
Não pense no futuro, nem no que pode acontecer amanhã. Lave os pratos.
Retire o pó.
Escreva uma carta.
Faça uma sopa.
Você vê?
Você está avançando passo a passo.
Dê um passo e pare.
Descanse um pouco.
Elogie-se.
Dê outro passo.
Depois outro.
Você não notará, mas seus passos crescerão cada vez mais.
E chegará o tempo em que você poderá pensar no futuro sem chorar.
Atribuído a Elena Mikhalkova (pesquisei sobre a autora e não encontrei livro intitulado A Sala das Chaves Antigas; pode ser o título de um conto, ou mensagem).

Minha avó materna, Maria José, em dois momentos: aos 17 anos e aos 80 e poucos. Faleceu em 17 de março de 2017, aos 92 anos. Muito sábia e muito altiva.

sábado, 11 de abril de 2020

Mamãe (seus aproveitamentos) e as blusas mãe e filha


Ano passado, eu e mamãe nos desafiamos a fazer uma reforma por mês... Quase deu certo (se não fossem os imprevistos que aparecem no percurso...). No entanto, como mamãe já tem por hábito estar sempre reformando algo, esse ano escolheu um vestido de muitos anos, que tinha uma camada dupla na saia e, portanto bastante tecido. Eu havia lhe pedido uma bata. Acontece que Marina também caiu de amores pelo tecido e pediu uma blusa. Como a mãe, ela também tem um modelo favorito (o cigana) e, se deixar, faz várias réplicas. Entre filha e neta, mamãe tratou de atender primeiro ao pedido da neta e rapidinho fez o modelo ciganinha, valorizado com uma linda renda guipir.  Alguns dias depois entregou-me a blusa, que recebeu o mesmo detalhinho de renda e uma aplicação rendada na gola. Amamos renda! Para homenagear essa mãe/avó tão querida, fizemos a montagem. E vai para as dobras do tempo, como registro de carinho, capricho, aproveitamento e memória!
Meu aniversário de 39 anos! Primeiro aninho do Beetho conosco.

2009

Na Avenida Souza

Formatura da SMEC 2009 - Formação Continuada

Com a querida Cinthia Cremonez