Motivos para agradecer e ser feliz - a lista de Janeiro

• Mamãe fez 73 anos. 
• Grades para as 4 janelas com lindas jardineiras e ornatos (a previsão era fazer 03 grades, mas por um erro de cálculo do serralheiro, acabamos colocando as quatro, o que veio confirmar a meta estabelecida no dia 30 de junho de 2016, registrada no Livro de Memórias).

O cérebro se compromete com aquilo que registramos
e o universo trabalha para que se cumpra.

• Férias. Todos juntos em casa.
• Daniel foi aprovado no exame de habilitação para carro.
• 1/3 de férias para Janaina (eu estou de licença-prêmio, só depois...).
• Janaina trouxe a matrícula para o IEM.
• 1° ano no Solar. Vamos, dia a dia, imantando as paredes com nossas boas vibrações.
• Nossa vizinha Marlene nos presenteou com uma muda de lavanda e outra de alfazema. Já estão lindinhas no vaso e na jardineira da janela.
• Vermífugo e vitamina para todos.
• Cirurgia de catarata da mamãe bem sucedida.
• Daniel passou para Ciências Contábeis na UFV. Os três irmãos estão juntos ajeitando novo apartamento, fazendo mudança, entregando chaves, organizando a vida para 2017. Renan foi para ajudar, afinal é sempre um grande companheiro.

Planos para a vida...

20.000 é um número interessante!

1° ano no Solar Sayonara

Herdei de uma tia, irmã de minha avó paterna, - a quem chamávamos madrinha Geni - o gosto por cristaleiras e louças. Lembro-me bem de sua casa, impecavelmente limpa e arrumada, com duas cristaleiras cheias de taças, sopeiras, pratos, xícaras, tacinhas coloridas para licor acompanhadas de suas licoreiras. Meus olhos brilhavam com tudo aquilo. Toda a casa era um primor. Ainda quero me dedicar a escrever sobre ela e a minha perspectiva da casa. Hoje quero comemorar nosso primeiro ano no Solar Sayonara. Mudamos para cá em janeiro de 2016, mais precisamente dia 14, com obra de ligação entre as casas, muita chuva e muitas expectativas... O ano que se passou foi de adaptação, novo trabalho, algumas obras que tínhamos em mente (temos uma listinha a cumprir...) e o saldo do primeiro ano foi positivo. 

Outro dia Daniel me perguntou porque o nome Solar Sayonara... Gosto de fazer a vida ter sentido. Então vamos às explicações: Sayonara é o nome do Loteamento que, por sua vez, foi batizado assim por causa da Fazenda Sayonara (da qual foi desgarrado) e cujos portões de entrada são defronte ao Loteamento. Como em japonês Sayonara quer dizer "até logo", achei bem propício, visto sua localização (na saída de Miracema para Pádua). É um adeus para aqueles que deixam a cidade... Solar porque é uma casa grande, de esquina, ensolarada, bem no meio do Loteamento. E é nossa, o que a torna mais bonita ainda... 

(E o quem tem a ver as louças da sua tia?) Ah... sim, como tenho essa herança no DNA, resolvi comprar um presente para nosso Solar, pelo seu 1° aniversário. Então fui atrás da Pip Studio (que na loja Carioca de Cor tem o melhor preço) e aproveitei a promoção de Janeiro para adquirir uma travessa e uma jarra da linha Royal. Peças lindíssimas. 

Para fechar com poesia, fiz um versinho também:

 

A vida é para ser celebrada!

(ainda que imperfeita ou doída).

Aprovado! (Memorial)

Bom é poder trilhar os caminhos 

E deixar atrás de si um rastro positivo...

Fruto de disciplina, foco e determinação.

Cada etapa vencida representa um desafio que se foi...

Um pedaço de vida que se cumpriu

Por isso mesmo a carga fica leve

E a estopa fortalecida.

A cada dia uma outra porta

porque a vida se constrói aos pouquinhos...

Mamãe faz 7.3

Lista de coisas que aprendi (ou estou no caminho) porque sou filha de D. Maria Martha:

• Nunca, em tempo algum, jogar sobra de comida fora. Se não for possível um outro reaproveitamento, vai para os animais domésticos. Se os de casa não comem, vai para os da "rua" (aqui vale pensar que os da "rua" também podem ser peixes no valão).
• Tudo pode ser aproveitado, reformado, remendado (odiava isso). As coisas só vão para o lixo se não tem mais jeito...
• Perdoar sempre. Não ser vingativa ou fazer, deliberadamente, algo para prejudicar alguém.
• Ser doce, generosa, desprendida...
• Nunca deixar de trabalhar. 
• Sempre receber bem quem chega em sua casa, pode ser alguém de "todo dia" como pode ser alguém que aparece pela primeira vez. Oferecer água, café, um suco, um biscoito ou uma fruta, mas a pessoa tem que comer alguma coisa.

Parênteses: (quando pequena, vez ou outra passava pela nossa casa algum transeunte. Eram os "velhos de saco" ou os "ciganos". Muitos paravam para pedir apenas água, mas alguns pediam comida. Um marcou-me especialmente. Estava muito sujo, barbudo, cabeludo, cheio de trouxas. Pediu à minha mãe algo para comer... Não sei precisar as horas, mas nós já havíamos almoçado. Minha mãe foi para a cozinha, pegou um prato de louça branco que tinha na borda uns raminhos na cor laranja e colocou muito arroz, feijão e todo o resto da macarronada. Sem se dar por satisfeita, fritou dois ovos e colocou por cima. Pegou um garfo, um copo de vidro com água e levou no portão. Acomodou o pedinte num banquinho sob a árvore e entregou a refeição. Quantos anos eu tinha? Seis ou sete... O fato que ao ajudar e observar aquela ação, passava em minha cabeça: "ela arrumou a comida no mesmo prato que papai janta..." "ela fritou dois ovos!" " ela colocou água em copo de vidro, o mesmo que nós usamos" "ela deu um garfo para ele..." "ela ofereceu um banquinho..." Não tínhamos geladeira em casa, mas no final ainda encheu uma garrafa de água para que ele pudesse levar consigo... Quase posso garantir que ela não se lembra mais disso, mas seu exemplo ficou impregnado em minha alma de tal forma, que a partir daquele dia - e de tantos outros - passei a ser uma pessoa melhor...) 
A lista pode se estender, assim como outras histórias...  mas fica para outra oportunidade. Por ora, minha homenagem a esta mulher que parece tão frágil e me recebeu por filha para que eu pudesse ser forte e maior.

Bem-Vindo 2017!

No dia 20 de julho de 2013, escrevi no meu livro de memórias-diário-reflexão:

" A pior parte da história é olhar para frente e não ver a estrada."

Talvez, naquele momento, tomada por um desalento, eu quisesse passar por uma porta mágica, observar o futuro, para saber se deu certo, se valeu a pena. Minha eterna ansiedade de estar um passo adiante, não querer perder tempo (que talvez tenha desperdiçado em outras vidas...)

Uma voz que me acompanha desde a infância trouxe a resposta imediata:

"É que a estrada sempre se constrói ao caminhar, Alessandra. São as nossas escolhas que vão colocando o chão no caminho, sobre o qual pisaremos. Cada passo determina o passo seguinte. Se a pegada for de luz, o chão será de estrelas..."

Claro, como não refleti sobre isso antes?! Reencarnamos com um plano, como um projeto de uma casa que ainda está no papel, na ideia do engenheiro, mas só vai concretizar-se no decorrer dos meses, pelas mão operosas dos mestres e pedreiros. E pode até não se concretizar... 

A nossa estrada é assim... construída todos os dias, um pedacinho de cada vez, materializada à nossa frente, mas fluída mais adiante. São as nossas escolhas que vão pavimentando esse chão. Pedras, espinhos, flores ou estrelas dependem de nossas mãos. O caminho é plasmado aos poucos, podemos até voltar atrás e fazer algumas correções antes que o percurso se materialize de vez...

Busquei na internet uma imagem que pudesse retratar essa minha tela mental. Não encontrei nada exatamente igual, mas as duas figuras a seguir podem ilustrar esse caminho em construção.

Para mim, a gratidão é o que garante
esse arco-íris sempre à frente de nossa jornada.

Que este 2017 seja de muita paz, saúde, esperanças e consolações... E, pelo décimo ano consecutivo, continuarei fazendo minhas listas dos Motivos para Agradecer e ser Feliz... ao final de cada mês.