sábado, 6 de abril de 2019

Na dança da renovação

A natureza é um renovar constante.
É assim o ser humano. Como as árvores, cujas folhas secam e caem, dando lugar a um verde novo e reluzente, e como o homem, cujas feridas cicatrizam e a pele se refaz, também nossa vida pode ser 
renovada...
              corrigida...
                           melhorada...
para apresentar sempre o viço do novo.
Aprender a renovar é descobrir a forma de reorganizar o que já se possui para um resultado novo. É não se desfazer do antigo começando outra vez do zero. É como restaurar uma obra de arte, recuperando os detalhes corroídos pelo tempo e resgatando a beleza que admiraram os que a viram pela primeira vez.
Renovar é sanar aqueles pequenos problemas que incomodam muito, a ponto de fazer parecer feio tudo aquilo que ainda está bom. É pintar as paredes da casa, recuperar os móveis, ao invés de simplesmente fazer as malas e se mudar. 
Renovar é encarar as dificuldades e vencê-las, ao invés de fugir por outro caminho qualquer.
É aprender sempre mais com aquilo que já se tem.
Ler um texto pela centésima vez, e, a cada vez, descobrir uma mensagem não apenas nova, como admiravelmente atual. É servir-se das notas musicais de sempre para criar uma melodia que jamais alguém ouviu.
Renovar é dançar ao ritmo da vida. Dançar com o corpo e a alma, como fazem os artistas e apaixonados, pisando em nuvens e elevando o espírito de quantos puderem ver.
É amar a vida a ponto de querer preservar seus mínimos detalhes, não permitindo que o dia a dia os corroa ou enferruje, adaptando-os às mudanças do tempo, reestruturando-os e aperfeiçoando-os, de forma a mantê-los sempre atuais.
Na dança da renovação, um sopro de magia envolve e atrai, como a celebrar a seiva que revigora a planta, fazendo vir as flores onde ninguém acreditava possível brotar uma folhinha mais.

(Lindo texto atribuído a Denise Rodrigues Amaral)
06 de abril: renovando votos. Toda a dor e tristeza do caminho mais fica leve com amigos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário