terça-feira, 31 de março de 2020

Motivos para agradecer e ser feliz - a lista de março

Em janeiro deste ano comecei a minha MASF com as seguintes reflexões:
"Como ser feliz depois de acompanhar o incêndio na Austrália, que devastou grande parte daquele país e ceifou tantas vidas? 
Como ser feliz depois de acompanhar as enchentes no Espírito Santo, em Minas Gerais e no noroeste do Rio de Janeiro, tão pertinho de nós?
Como ser feliz quando ouvimos nos noticiários que um novo vírus (coronavírus) preocupa as autoridades mundiais e se apresenta como um desafio iminente à manutenção da vida e ao controle do homem sobre as coisas desconhecidas?
Como ser feliz quando, em nossa bolha particular, temos um pai adoentado - mais da cabeça que do corpo - porque chegou no inverno na vida e, de repente, percebeu que seu celeiro, material e espiritual, está tão desprovido?
Como ser feliz quando, em nossa bolha particular, convivemos com a fragilidade, a incompreensão, a intolerância e a arrogância a espezinharem os sonhos mais felizes?
Como ser feliz assistindo aos desmandos de nossos governantes que não respeitam as leis e os homens que estão sob sua proteção e liderança?
Já dizia o poeta que o mundo é um moinho..."
Dois meses depois e...
Não temos mais incêndio na Austrália... A natureza segue o seu ritmo lento e contínuo de seguir sempre em frente.
Não temos mais as chuvas e as enchentes, embora eu imagine que as sequelas ainda estejam afligindo muitas famílias.
O coronavírus, nesses dois meses varreu mundo e transformou-se em nosso maior pesadelo. Virou pandemia, fez mais de 11.000 óbitos somente na Itália até o dia de hoje... Milhares na Espanha... Irã... China... Estados Unidos... Enfim, quase todos os países do mundo já foram atingidos. Hoje, 31 de março, o Brasil contabiliza 5.717 casos confirmados e 201 óbitos, de acordo com o Ministério da Saúde.
Meu pai fez diversos exames e seguindo as orientações médicas, sente-se melhor. Enfim, decidiu por vender as vacas e não tirar mais leite. Ficou triste por isso, mas fez-se necessário. É importante, ainda que doa, sabermos quando não podemos mais seguir adiante... É digno.
Em nossa bolha particular, as dores do mundo doem com mais força, mas os desafios da profissão, as angústias dessa "guerra invisível" também nos atingem mais de perto. Tratamos de reforçar aquilo que já vínhamos fazendo como rotina: muita oração, leitura edificante e possível vigilância de hábitos e pensamentos.
Os nossos governantes "piraram" de vez... Aquele presidente insano prega e faz tudo ao contrário do que recomenda a OMS e o seu próprio Ministério da Saúde. Os governadores e prefeitos tem determinado diversas ações com bravura, já que perceberam não poder esperar por uma liderança que não vem. O atual presidente não tem ascendência moral para gerenciar essa crise. Freneticamente, debochadamente, ironicamente, comporta-se feito um adolescente egocêntrico, medindo forças com seu próprio ego.
Enfim, como bem disse o poeta "o mundo é um moinho".
Mas, observando o ritmo da natureza, percebemos que


Então, podemos dizer que fomos felizes em março porque:
  • Marina esteve em casa por alguns dias e fez bolos.
  • Lavamos toda a calçada para tirarmos o limo de tantos dias de chuva. Um trabalho a 6 mãos. Tudo limpinho, do jeito que gostamos.
  • Flores, flores, flores... Todos os dias, flores.
  • Podamos as árvores e a hera do muro.
  • Janaina fez um up grade na sua possante e trocou a bolha de acrílico, os retrovisores e piscas. A Suzuki faz 15 anos!
  • Arrumação no quarto de Marina.
  • Lindas guirlandas de crochê feitas pela minha irmã.
  • Muitas bananas caramelizadas por Janaina.
  • Renan voltou a trabalhar com T.I. em uma oficina de montagem e manutenção.
  • Mamãe fez uma reforma de um vestido e transformou-o em uma blusa para Marina e outra para mim.
  • Sopas terapêuticas.
  • Frajolinha adotado.
  • Forasteiro estrupiado internado por 5 dias: castrado e curado das sarnas.
  • Leituras e filmes...
  • Álbum de formatura do Renan quitado.
  • A generosidade da D. Vera. Gratidão! 
  • Janaina envernizou baú, bancos, pés de mesa, cachepôs... tudo o que achou pela frente e pode envernizar kkkkk. Também renovou o assento da cadeira de balanço e os tocos de madeira que servem para base de plantas. Ela "cuida de cuidar" de tudo... como diria minha mãe.
  • Dos 3 gatinhos abandonados hoje, um já foi adotado. As outras duas seguem conosco em quarentena, aguardando uma adoção. Oxalá não demore! 











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