sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Paz e Harmonia Palestra #06

BÔNUS-HORA.

Livro: Nosso Lar, cap. 22 e outros, André Luiz/Chico Xavier.

Diálogo entre André Luiz e Dona Laura:

u  Cap. 21: Como se encara o problema da propriedade na colônia?

A propriedade aqui é relativa. Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho.

O bônus-hora, no fundo, é o nosso dinheiro. Quaisquer utilidades são adquiridas com esses cupons, obtidos por nós mesmos, à custa de esforço e dedicação.

As construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria; cada família espiritual, porém, pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando 30.000 bônus-hora, o que se pode conseguir com algum tempo de serviço.

Nossa moradia foi conquistada pelo trabalho perseverante de meu esposo, que veio para a esfera espiritual muito antes de mim.

Dezoito anos estivemos separados pelos laços físicos, mas sempre unidos pelos laços espirituais. Ricardo, porém, não descansou. Recolhido ao Nosso Lar, depois de certo período de extremas perturbações, compreendeu a necessidade de esforço ativo, preparando-nos um ninho para o futuro.

u  Que me diz do bônus-hora? Trata-se de algum metal amoedado?

Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo.

Em Nosso Lar a produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. Há serviços centrais de distribuição na Governadoria e departamentos do mesmo trabalho nos Ministérios. O celeiro fundamental é de propriedade coletiva.

Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos.

Cada habitante de Nosso Lar recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário, mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas na comunidade social.

Há quem more em Nosso Lar e não trabalha?

u  A resposta é sim.

u  Nosso Lar é uma cidade de transição.

u  Caso da senhora no Gabinete do Ministro – Cap. 13

u  *Quantos bônus-hora (ponto relativo a cada hora de serviço) poderá apresentar em benefício de sua pretensão?

u  * 304

u  * É de lamentar, pois se hospeda aqui há mais de 6 anos e apenas deu à colônia 304 horas de trabalho.

u  6 anos em tempo corrido equivale a 52.560 horas!!!!

u  1 semana de 6 dias de trabalho, com 8 horas diárias, equivale a 48 horas semanais. (304 : 48) @ 6,3333...

u  O Espírito que ainda não trabalha poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que cooperam podem ter casa própria.

u  O ocioso vestirá, sem dúvida, mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça. Compreendeu?

u  Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento*, ou o contato de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral.

u  Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação.

Entretenimento e estudo:

No Campo da Música – Cap.45: “Nesse momento, atingimos a faixa de entrada, onde Lísias pagou gentilmente o ingresso.”

A palavra do Governador – Cap. 42: “Havia permissão geral de ingresso ao enorme recinto verde, para todos os trabalhadores da Regeneração, porque, conforme o programa estabelecido, o culto evangélico era dedicado especialmente a eles, comparecendo os demais Ministérios, por numerosas delegações.”

Diálogo entre André Luiz e Dona Laura:

Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo 8 horas de serviço útil, nas 24 horas de que o dia se constitui.

Os programas de trabalho são numerosos e a Governadoria permite 4 horas de esforço extraordinário aos que desejem colaborar no trabalho comum, de boa vontade.

Desse modo, há muita gente que consegue 72 bônus-hora por semana (12 horas X 6 dias), sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é duplicada e, às vezes, triplicada.

Ø  Mas é esse o único título de remuneração?

Sim, é o padrão de pagamento a todos os colaboradores da colônia, não só da administração, como também na obediência.

E a natureza do serviço?

u  Como conciliar semelhante padrão com a natureza do serviço? O administrador ganhará 8 bônus-hora na atividade normal do dia, e o operário do transporte receberá a mesma coisa?

u  Não é o trabalho do primeiro mais elevado que o do segundo?

Tudo é relativo. Se, na orientação ou na subalternidade, o trabalho é de sacrifício pessoal, a expressão remunerativa é justamente multiplicada.

Precisamos, antes de mais nada, esquecer determinados prejuízos da Terra. A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana.

E a natureza do serviço? (na Terra)

Todo ganho externo do mundo é transitório. Vemos fortunas sendo transmitidas à inconsciência e dissipação; expressões bancárias de vulto que servem de martírio pessoal e ruína à família.

70% dos administradores terrenos não pesam os deveres morais que lhes competem.

A mesma porcentagem pode ser atribuída a quantos foram chamados à subordinação.

Governos e empresas pagam a médicos que se entregam à exploração de interesses outros e a operários que apenas matam o tempo.

Há técnicos da indústria econômica que nunca prezaram integralmente a obrigação que lhes assistem e valem-se de leis magnânimas, à maneira de moscas venenosas no pão sagrado, exigindo abonos, facilidades e aposentadorias.

CREIA, PORÉM QUE TODOS PAGARÃO PELA DISPLICÊNCIA.

Parece distante o tempo em que os institutos sociais poderão determinar a qualidade do serviço dos homens, porque, para o plano superior, não se especificará o teor do trabalho, sem a consideração dos valores morais despendidos.

u  No Ministério da Regeneração temos o bônus-hora-regeneração; no Ministério do Esclarecimento, o bônus-hora-esclarecimento, e assim por diante.

u  A documentação do trabalho revela a essência do serviço.

u  As aquisições fundamentais constituem-se de:

       Experiência

       Educação

       Enriquecimento de bênçãos divinas

       Extensão de possibilidades.

Os fatores assiduidade e dedicação representam, aqui, quase tudo.

Em geral, em nossa cidade de transição, a maioria prepara-se com vistas à necessidade de regresso aos círculos carnais. Um “homem” que empregou 5.000 horas em serviços regeneradores efetuou esforço sublime em benefício de si mesmo; o que despendeu 6.000 horas de atividade no Ministério do Esclarecimento estará mais sábio.

Poderemos gastar os bônus-hora conquistados; entretanto, é mais valioso o registro individual da contagem de tempo de serviço útil, que nos confere títulos.

u  Poderemos gastar nossos bônus-hora em favor dos amigos?

Perfeitamente; poderemos repartir as bênçãos do nosso esforço com quem nos aprouver. Contam-se por milhares as pessoas favorecidas em Nosso Lar pela movimentação da amizade e do estímulo fraternal.

Quanto maior a contagem do nosso tempo de trabalho, maiores intercessões podemos fazer. Compreendemos, aqui, que nada existe sem preço e que para receber é indispensável dar alguma coisa.

Ø  E o problema da herança?

Não temos aqui demasiadas complicações. Vejamos, por exemplo, o meu caso. Aproxima-se o tempo do meu regresso aos planos da Crosta. Tenho 3.000 bônus-hora-auxílio, no meu quadro de economia pessoal. Não posso legá-los a minha filha que está para chegar, porque esses valores serão revertidos ao patrimônio comum, permanecendo minha família apenas com o direito de herança ao lar.

No entanto, minha ficha de serviço autoriza-me interceder por ela e preparar-lhe trabalho e concurso amigo.

Capítulo 20: Quando o Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas horas de serviço são contadas em dobro, o que lhe pode dar ideia da importância do serviço maternal no plano terreno.

Quando isso não acontece, tenho meus deveres diuturnos nos trabalhos de enfermagem, com a semana de 48 horas de tarefa. Todos trabalham em nossa casa. A não ser minha neta convalescente, não tempos qualquer pessoa da família em zonas de repouso. Oito horas de atividade no interesse coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Sentir-me-ia envergonhada se não o executasse também.

Destaques:

u  Capítulo 37, pág. 212: Há servidores que, depois de 40 anos de atividade, dela se retiram com a mesma incipiência da primeira hora, provando que gastaram tempo sem empregar dedicação espiritual, assim como existem homens que, atingindo 100 anos de  existência, dela saem com a mesma ignorância da idade infantil. Cada filho acerta as contas com o Pai, conforme o emprego da oportunidade, ou segundo suas obras.

u  Capítulo 47, pág. 274: A senhora Laura volta à Terra com extraordinários créditos espirituais. (Pedi essa providência, para que não me encontre demasiadamente sujeita à lei de hereditariedade).

u  Capítulo 48, pág. 282: Você tem regular quantidade de horas de trabalho extraordinário a seu favor. Não será difícil a Genésio conceder-lhe um semana de ausência, depois do primeiro ano de cooperação ativa.

u  Livro “Os mensageiros”, Capítulo 6, pág. 45: Aniceto dirigia-nos a palavra “Tenho serviços imediatos. Deixo-os todos, em estudos e observações aqui no Centro de Mensageiros.”

u  -  Podemos conversar.(Vicente)

u   - Nosso orientador – explicou-me Vicente – considera trabalho útil toda conversação sadia que nos enriqueça os conhecimentos e aptidões para o serviço. Pelas nossas palestras construtivas, portanto, receberemos também a remuneração devida à cooperação normal.

u  Curioso e surpreendido, indaguei:

u  - E se eu tentasse voltar aos assuntos inferiores da Terra, esquecendo a conversação edificante?

u  - O prejuízo seria seu, porque aqui a palavra define o Espírito, e, se você fugisse à luz da palestra instrutiva, nossos orientadores conheceriam sua atitude imediatamente, porquanto sua presença se tornaria desagradável e seu rosto se cobriria de sombra indefinível.

 



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