- Missionários da Luz, capítulo 7, André Luiz/Chico
Xavier.
- A morte é um
dia que vale a pena viver. Ana Claudia Quintana Arantes.
Antônio, 70 anos, sinais de arteriosclerose adiantada.
Estado pré-agônico, alma confusa,
trombose perigosíssima numa das artérias. “Mais alguns instantes e a vítima
estaria desencarnada.”
Intercessão: Justina, mãe de
Antônio.
Motivo: moratória. (Resolver pendências
familiares que promoveriam muita paz).
- É mais eficiente o nosso concurso à noite,
quando os raios solares diretos não desintegram certos recursos de nossa
cooperação.
- Hoje, trouxe para o leito tantas preocupações
descabidas, que suas criações mentais se transformaram em verdadeira tortura.
- Antônio, mantenha-se vigilante! Nosso auxílio
pede a sua cooperação. Intensifique o desejo de retomar as células físicas.
Este momento é decisivo para as suas necessidades.
- Francisco, precisamos aqui das emanações de
algum dos nossos amigos ENCARNADOS, cujo veículo material esteja agora em
repouso equilibrado. Estamos diante de um caso gravíssimo. É preciso muito
critério na escolha do doador de fluidos. Precisamos de alguém suficientemente
equilibrado no campo mental.
- O Senhor nos concederá a satisfação de colaborar
no reerguimento provisório (moratória) de suas forças.
Foi então que vi Alexandre
funcionar como verdadeiro magnetizador. Via-lhe perfeitamente o esforço de
transferir vigorosos fluidos de Afonso para o organismo de Antônio.
- Justina, o coágulo acaba de ser reabsorvido,
mas, Antônio terá 5 meses a mais de permanência na Terra. Se você pleiteou o
auxílio (INTERCESSÃO) para ajudá-lo a resolver negócios urgentes, não perca as
oportunidades, porque os reparos não perdurarão por mais de 150 dias.
- Geralmente quando nossos amigos encarnados
gritam, chorosos por socorro, nosso serviço de assistência já se encontra
completo.
De modo geral, as condições de
luta para os enfermos são mais difíceis à noite. Os raios solares destroem
grande parte das criações mentais inferiores dos doentes em estado melindroso,
não acontecendo o mesmo à noite, quando o magnetismo lunar favorece as criações
de qualquer espécie, boas ou más.
- Quase ninguém no círculo de nossos irmãos
encarnados conhece a extensão de nossas tarefas de socorro. Isso, porém, não
importa.
- Reclamar compreensão e resultados de criaturas e
situações, ainda incapacitadas para no-los dar, constitui exigência mais cruel
que a solicitação de recompensas imediatas.
- Muitos irmãos afins se reúnem depois da morte do
corpo, em tarefas de amparo fraternal, quando já alcançaram os primeiros
degraus da escada da purificação.
- No leito da morte, as criaturas são mais humanas
e mais dóceis. A moléstia mais intransigente enfraquece os instintos mais
baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores, desanimaliza a
alma, abrindo-lhe interstícios abençoados, por onde penetra infinita luz. E a
dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado
e do amor próprio excessivo.
- Lições admiráveis felicitam a criatura.
- Nunca observou a paciência inesperada de doentes
graves, a calma de certos enfermos incuráveis e a conformação da maioria dos
moribundos?
A morte é um laboratório incrível onde funciona um acelerador nuclear de
enfrentamento. Você conversa com o paciente pela manhã e, à tarde, ele tomou
todas as providências para a compreensão daquilo tudo. Já pediu perdão, já
perdoou, já resolveu isso e aquilo e agora está tudo bem. Daqui a pouco pode
tentar resolver outras pendências.
No tempo de morrer parece que a capacidade individual de compreender e tomar
certas atitudes sobre o uso do próprio tempo se acelera. Quando adoecemos, a
percepção que temos do tempo é muito diferente daquela de quando estamos
saudáveis.
Psiquiatra francês Eugène Minkowski: no terceiro momento dual do tempo, vem a
prece e a ação ética. Um espaço de comunicação com algo maior que nós. Fizemos
tudo o que estava ao nosso alcance. Na prece, esperamos que algo maior nos
salve. É nesse momento que o humano se torna divino.
É quando ouço uma mãe dizendo ao filho “Pode ir...” Em um primeiro instante,
ela talvez tenha feito a prece pela cura, mas então se conecta com essa força e
entende que o melhor não é o que ela deseja que aconteça. Ela aceita e liberta,
por amor.
Quando dizemos “que aconteça o melhor”, isso é poderoso.
- Semelhantes edificações constituem o fruto do
esforço de nossos grupos itinerantes de SOCORRO ESPIRITUAL.
- A serenidade dos enfermos em condição
desesperadora e a resignação inexplicável dos agonizantes, absolutamente
distanciados da fé religiosa, não poderiam vir de outra origem.
- A bondade divina é infinita e, em todos os
lugares, há sempre generosas manifestações da Providência paternal de Deus,
confortando os tristes, acalmando os desesperados, socorrendo os ignorantes e
abençoando os infelizes.
Felizmente, já somos capazes de reconhecer, ao menos, alguns desses abundantes sinais da Divina Misericórdia! 🙏
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