Quando o vínculo rompido era feito de amor genuíno, então temos muita dor, mas, ao mesmo tempo, esse amor vai nos levar pelo caminho mais breve em relação ao alívio. A dor do luto é proporcional à intensidade do amor vivido na relação que foi rompida pela morte, mas também é por meio desse amor que conseguiremos nos reconstruir. Quando cuido de um familiar enlutado em grande sofrimento, busco deixar clara a importância da decisão de valorizar o legado do ente querido.
O que mais fará falta na morte de alguém importante é o olhar dessa pessoa sobre nós, pois precisamos do outro como referência de quem somos. Se a pessoa que eu amo não existe mais, como posso ser quem sou? Se preciso do outro para pensar sobre o mundo, e o outro não existe mais, como será o mundo sem ele?
Trechos extraídos do livro "A morte é um dia que vale a pena viver" de Ana Cláudia Quintana Arantes.
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