Todos os dias são difíceis, mas alguns momentos são difíceis demais. Não há como definir. A gente só sente. Já fiz um registro do dia 10 de março. Tenho mais dois importantes. Este é do dia 10 de abril, 4@feira. A princípio, a psicóloga do Hospital havia transferido o Estágio de terça-feira para o dia seguinte; mas, na noite anterior enviou mensagem cancelando o Estágio semanal, por conta de estar de atestado médico. Eu amanheci na quarta-feira, 10 de abril, depois de uma noite insone, com grande mal-estar físico e espiritual. Uma sensação de hiper vigilância acima dos limites anteriores. Muita oração. Muita força. Tomei banho, lavei o cabelo e resolvi ir à Pádua no Mercado, fazer pagamentos, passar na Rosa, fazer a entrega do 4° prêmio da Ação entre Amigos, deixar ítens para o Bazar na minha irmã, enfim, cumprir a vida. E assim foi feito! Acontece que dirigindo de volta para casa, na altura do loteamento que estão construindo ao lado da Maison, tive uma crise de choro (aquelas que vem, sem que a gente saiba onde "desliga"). Chorei muito, um choro sentido, do fundo da alma, dizendo ao Universo que doía demais fazer tudo aquilo sozinha, sem a presença física dela. Porque, de outro modo, estaríamos juntas, fazendo exatamente o que eu havia feito. Não seria numa quarta-feira; provavelmente numa sexta ou sábado. Chorei sentidamente, das profundezas de minh'alma (dirigindo) e foi então que senti a Mão Divina agindo sobre mim, insuflando-me pensamentos de coragem, como se estivessem retransmitindo um recado dela: "Fique quieta em nossa casa, saia pouco (por enquanto), apenas o necessário, não receba visitas (só se for inevitável). Crie uma aura de proteção para não entrar ideias indesejáveis. Proteja-se. Resguarde-se. Fique consigo mesma. Cuide da casa (que por si só já dá bastante trabalho). Cuide dos bichos. Cuide dos seus estudos da faculdade. Cuide dos documentos do Paz e Harmonia. Veja quanta coisa a cuidar! No tempo que sobrar, leia e estude para suas palestras. Por fim, você verá que é muita coisa para dar conta. E será um grande feito. As coisas hão de se resolver e estaremos juntas outra vez. Confie."
O choro passou... Veio a confiança e a paz! E eu entendi cada frase. Tudo fez sentido.
Lembrei-me do caranguejo quando elimina a casca e, com a pele nova, sensível, ele procura uma toca e fica esperando que o tempo passe, sem muito esforço, sem muita exposição aos perigos, aguardando que a nova camada fique mais grossa, para, finalmente, voltar a circular livremente.
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