domingo, 5 de maio de 2013

A arte de saber esperar... continua!

Para mim, que sou dada a fazeduras, esperar é uma verdadeira arte, a qual preciso dedicar-me pacientemente, num exercício diário de resiliência, ressignificando vontades, adiando sonhos...
Todos nós temos um ponto de fragilidade; esperar é o meu! E a vida é sábia, testa-nos naquilo que mais precisamos desenvolver. 
Bacalhau ao forno da Páscoa
Desde  outubro de 2009 cozinho diariamente (não gosto, mas faço - e com dedicação!) e tenho aprendido muito com a culinária. A comida tem seu tempo certo de cozimento, nem antes nem depois... As carnes então, são cheias de personalidade. Não adianta querer acelerar, colocando no fogo alto aquilo que deve ser marinado. Um bife de primeira faz-se rapidinho só com sal e manteiga, nada mais! No entanto, a carne de porco é mais exigente, prefere o tempero de véspera - como o frango - e vai se transformando no fogo baixo; frita aqui, vira ali, hum... que cheirinho! Mais um pingadinho de água, mais um refogado, mais uma fritadinha, mais água e o ciclo se repete até que ela fica douradinha, pronta para comer. Comer não, saborear! A carne de segunda, muito usada no cozido, adapta-se ao tempero rápido - um knorr resolve - mas precisa de meia hora para uma fritada antes de entrar na pressão... O camarão é o menos exigente; peixe não é o meu forte; o frango do strogonoff segue o mesmo padrão da carne de segunda, o molho de carne moída também. Se tem que ser rapidinho, melhor optar pela carne moída na versão bolinho frito (uma dica: misture farinha de aveia substituindo a de trigo - além de mais saudável, evita aquela espuma que suja a fritura). Se tiver que ser mais rápido ainda, então é apelação, e aí vale salsicha, linguiça, sardinha em lata, ovo frito...

Em meio às minhas panelas, reflito: também não é assim a vida?

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