segunda-feira, 24 de junho de 2013

Nume, do latim numen: divindade

Quando pequena, frequentava as aulas de catecismo da igreja tradicional. Devo à Jurema, nossa catequista, o primeiro contato com Santo Agostinho, o santo, e seu exame de consciência. Toda noite, até conciliar o sono, me entregava a tal exercício, que na época consistia em verificar se eu tinha sido mal-criada com minha mãe, desobediente, se tinha desejado mal a alguém, se tinha sido preguiçosa em minhas tarefas, enfim, o máximo de reflexão que meu cérebro, ainda em formação, era capaz de comportar. Hoje relembro: como o erro era enfatizado...
Aos 11 anos fui apresentada à Doutrina Espírita e ali encontrei a lógica para minhas indagações. E me encontrei também. E reencontrei Santo Agostinho, o filósofo, com o mesmo exame de consciência. A Doutrina consiste em trazer-nos para o centro de nós mesmos. Somos os principais autores e agentes de nossa história. Então, conheci Emmanuel, meu preferido na lógica do raciocínio e das palavras. Seu livro Palavras de Vida Eterna, psicografado por Chico Xavier é a combinação perfeita da razão e do amor. 
Depois conheci Joanna de Ângelis, com um estilo próprio, sua visão psicológica do ser, dos problemas do ser e a finalização de cada mensagem, remontando ao exemplo perfeito de Jesus. Por fim, ganhei um livro de Hammed e me identifiquei de pronto com a sua arte em escrever. Traz consigo uma bagagem oriental e uma visão ampla da essência da vida. Hoje pela manhã eu lia suas reflexões acerca da compreensão. E ele nos diz: "quando se trata da 'compreensão em Deus', não neguemos nada, não afirmemos nada, apenas esperemos confiantes. O estado numinoso é a mão misteriosa que nos aproxima daquilo que nos é útil e nos afasta daquilo que não nos serve."
Eis o que preciso para hoje!

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